Centro de Promoção Humana Irmã Tecla Merlo oferece Programas para a família, o corpo e a melhor idade.

As mais de 120 famílias das crianças que participam dos programas sociais desenvolvidos pelo Centro Tecla Merlo também recebem apoio por meio do Programa
Família Fortalecida, que tem o objetivo de oferecer suporte humano social no seu processo de convivência, levando-as a descobrirem suas potencialidades, habilidades e, principalmente, sua corresponsabilidade na promoção social dos filhos. “Muitas vezes essas famílias não dispõem de um lugar onde possam conversar entre si, trocar experiências, pedir conselhos. Quando entendemos o contexto das famílias, fica muito mais fácil compreender e lidar com algumas dificuldades das crianças”, explica a psicopedagoga Ana Paula da Cruz, ressaltando que o resultado desse acompanhamento das famílias é sentido pelas orientadoras pedagógicas através do desenvolvimento das crianças. “Muitas crianças enfrentam diversos problemas em suas casas. Tentamos ajudá-las a recordar que são crianças”, conta Daniela Cristina Moronte, pedagoga do Programa
Sempre Criança. Há casos de crianças que chegam introspectivas, com muitas dificuldades de aprendizado e relacionamento, causadas muitas vezes por problemas de convivência com os pais. Depois de tanto as crianças quanto os pais serem acompanhados pelos profissionais da entidade, a mudança nas crianças é perceptível. As mães também são estimuladas a descobrirem os seus talentos no Programa
Clube de Mães, que oferece a troca de experiências, resgate da autoestima e a construção de cidadania, além de possibilitar uma melhoria na renda familiar.

Voltado para crianças, adolescentes e idosos, visando aos benefícios da prática esportiva para o corpo, o desenvolvimento cognitivo, a socialização, o trabalho em equipe, o aumento da autoestima, do autodomínio e o respeito pelo outro, o Centro Tecla Merlo oferece o Programa
Corpoarte. Uma das atividades que estimulam o desenvolvimento do corpo é a capoeira, praticada por crianças e jovens. “Com as crianças buscamos valorizar o lúdico, por meio de uma brincadeira de capoeira, pela qual são trabalhados aspectos como a musicalidade e principalmente a coordenação motora”, explica Carlos Ribeiro dos Santos, o mestre Biriba, diretor do Grupo de Capoeira Massapê, que realiza essa atividade na entidade. O desenvolvimento motor é muito importante para o processo de alfabetização da criança. “Se a criança tem uma coordenação motora grossa apurada (movimentos de pé, braços, amplitude etc.), automaticamente na coordenação motora fina, para escrever, desenhar, fica muito mais fácil”, salienta o professor, além de destacar que a atividade favorece o desenvolvimento cognitivo de espaço, tempo, reflexo, cidadania, como respeito às regras e, claro, o condicionamento físico. Aline Rodrigues Guimarães, 8 anos, pratica capoeira desde 2011 e está adorando. Ela explica que, apesar de a capoeira parecer uma luta, ela é um jogo, uma arte. “Nós corremos, jogamos bola na escola, mas achamos a capoeira daqui do Centro Irmã Tecla Merlo melhor. É mais gostoso jogar capoeira, porque tem mais movimentos e música”, garante Aline.

“Sempre que eu passava em frente da entidade, eu via as pessoas saírem sorrindo. Eu me perguntava o que deixava as pessoas tão felizes assim. Hoje eu sei o que tem aqui dentro. Eu encontrei a razão dessa felicidade que eu estava precisando.” Maria Aparecida Campos de Barros participa do Programa
Animar e Celebrar. O Programa volta sua atenção para os idosos, oferecendo condições para exercitarem suas habilidades pessoais e valorizarem sua condição. Na
Oficina da Memória, por exemplo, os idosos trabalham, através de dinâmicas, músicas e brincadeiras, o resgate de experiências da infância e juventude, a fim de exercitarem a memória, além de proporcionar uma sensação prazerosa de experiência com o passado. Para Palmira da Ressurreição dos Santos, 78 anos, o programa foi a melhor coisa que poderia acontecer em sua vida. “Depois que eu deixei de trabalhar como costureira, além de criar os meus filhos e ajudar a criar meus netos, encontrar esse lugar foi maravilhoso”, afirmou, destacando que gosta de todos os programas, especialmente ginástica, computação e a
Oficina da Memória. “Quando eu não posso vir algum dia, por causa de alguma consulta médica, eu fico muito triste por me ausentar. Sinto falta”, afirma Palmira. Maria Aparecida Campos de Barros, que completou 71 anos, participa das atividades da entidade há quatro anos. “Recentemente passei por muitas dificuldades em minha casa e só consegui superá-las porque encontrei forças aqui com as amizades no Centro Irmã Tecla Merlo”, relata.