A história do canto religioso popular está muito ligada ao trabalho de José Fernandes de Oliveira, mais conhecido como Padre Zezinho, scj. Em 1964, antes mesmo de sua ordenação, o jovem seminarista começou a dedilhar ao violão as suas primeiras canções. Em uma época em que o canto religioso ainda era dedicado exclusivamente aos templos e igrejas, suas canções começaram a ganhar as ruas, na boca de quem ouvia e saia cantando suas letras simples e de fácil memorização. Quem nunca ouviu ou cantarolou “Um dia uma criança me parou”, ou “Eu era pequeno, nem me lembro”, ou “Eu vim de lá do interior”, entre tantas outras? Pe. Zezinho compôs mais de 1.500 canções e tem mais de 120 álbuns registrados. Depois dele, muitos outros cantores vieram e, hoje, dividem o cenário musical religioso no Brasil.

Além da música, o padre também é escritor e tem mais de 80 livros publicados que falam sobre a juventude, a família e a espiritualidade cristã. E ainda continua escrevendo: ele é articulista de revistas, tem uma página no Facebook e no Twitter e acaba de entregar mais um original para ser editado e publicado. Seu último título pela Editora Paulinas é Meu irmão crê diferente, lançado neste ano.

É essa trajetória de 50 anos que será apresentada na exposição A trajetória de um semeador, que estará aberta ao público no saguão do Hospital Santa Catarina, na Avenida Paulista, em São Paulo. A mostra contará com 14 painéis, objetos entre livros, discos de vinil, fitas cassete de cada época, CDs e um documentário em vídeo que darão a dimensão da importância do trabalho realizado pelo sacerdote. Haverá também um ponto multimídia com canções para serem ouvidas pelos visitantes.

A exposição é gratuita e estará aberta para visitação 24 horas por dia.