Folclore, o saber popular
Data de publicação: 02/07/2013
De rito religioso a cultura viva

No século XVI, começo da formação do povo brasileiro, a Europa vivia o renascimento cultural e o advento da imprensa. Os irmãos Grimm, gráficos alemães imprimiram a primeira coletânea de contos populares. Depois, o editor Herder, também Alemão, publicou lendas, mitos, cânticos e festas religiosas, com o título de “Antiguidades populares”. Porém as expressões do povo eram tidas como ignorância, falsidade e mero folguedo, frente ao conhecimento acadêmico da literatura clássica antigas, tido como o único verdadeiro.
O termo, folclore surgiu na Inglaterra, na metade do século 19, quando o arqueólogo William John Thoms, ao pesquisar culturas e religiões antigas, identificou expressões universais de sabedoria. No dia 22 de agosto de 1846, publicou um artigo na revista acadêmica Atheneum, de Londres, onde lançou a palavra Folk–lore, “saber do povo”. No Brasil, em 1965, o então presidente da república Humberto Castelo Branco instituiu na mesma data o Dia Nacional do Folclore.
Em nosso País, até o começo do século 20, usou-se o termo “tradições populares”. A palavra folclore foi adotada pelos pesquisadores após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, e o ífem do termo inglês. Em 1947, criou-se a Comissão Nacional de Folclore, ligada à UNESCO e ao Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura. Desde então, cresceu o reconhecimento da cultura popular no país.
A grande ideia de um professor

O fato influenciou a criação da Comissão Estadual de Folclore e Artesanato, do governo de São Paulo, um passo decisivo para a cultura popular. Diversas cidades do País convidaram o professor Sant’Anna a proferir palestras e incentivar a criação de projetos e entidades em prol do folclore. Sua atividade, rendeu para o Brasil um renascer da cultura viva e para Olímpia, o título de Capital Nacional do Folclore.
No ano de 2007, de 04 a 12 de agosto, o 43º Festival reúne grupos artísticos do Brasil e do exterior, em um espetáculo de beleza e cor, ritmo e movimento, que não só encanta, como religa as pessoas à experiência simbólica de outras gerações, na ciranda do movimento, da religiosidade e do significado para a vida de quem tem o privilégio de participar.
Conheça tudo sobre o Festival:
www.folcloreolimpia.com.br
Pesquise mais sobre folclore:
www.terrabrasileira.net/folclore
www.brazilsite.com.br/folclore
www.cmfolclore.ufma.br
Fonte: Diálogo 47
Postado por: Diálogo
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