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Sairé, antigo ritual da lua
Data de publicação: 17/09/2014

Dois mil anos atrás habitavam a baía do rio Tapajós, hoje praia Alter-do-Chão, os índios Tapaiús, prováveis descendentes do povo que deixou sinais há mais de 11 mil anos nas grutas de Monte Alegre (PA). Em 1659, os missionários jesuítas chegaram até a aldeia. Ao virem para ficar, em 1661, foram saudados com mastros repletos de frutas e peixes sobre brasas.
Com o passar do tempo e o avanço da colonização, a aldeia Taipú tornou-se missão jesuítica e depois vila, e os ritos indígenas foram sincretizados. Um deles foi o ritual do Çairé, saudação tupi de boas-vindas, dirigidas à lua cheia pelas mulheres que dançavam ao redor de um arco de cipó trançado e ornado com algodão, flores e fitas tecidas no tear. Aos poucos, a ladainha em latim calou as cantilenas à mãe lua, o arco circular foi substituído pela réplica do brasão dos colonizadores, criada pelos índios Boraris e hoje seu simbolismo remete ao relato bíblico do dilúvio e à Santíssima Trindade. A palavra Tupi Çairé foi traduzida para Sairé.
O sincretismo das cerimônias indígenas e cristãs resultou na religiosidade popular do Sairé. Porém as frutas que ornam os mastros da festa e a refeição fraternal com peixes mostram com os índios recebiam visitantes e provam que valores fundamentais da tradição indígena resistem ao processo de sincretismo do passado e e do presente.
Fonte: Diálogo 51 - Ago/2008
Postado por: Diálogo
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