Roraima, o monte que chora
Data de publicação: 05/11/2015
O monte Roraima, na serra do Tepequém, com 2.875 metros de altitude, marca a fronteira entre o Brasil, a Venezuela e a Guiana Inglesa. O nome que, na língua dos índios venezuelanos Pemón, significa “grande, verde e azulado”, esconde mistérios, lendas indígenas e uma composição natural jamais vista em outras partes do mundo.

Os Macuxi, um dos oito povos indígenas do estado de Roraima, contam que antigamente aquela região era cheia de igapós, e todas as tribos viviam com fartura de caça, pesca e frutos.
A banana era desconhecida naquele lugar e foi grande a surpresa de pessoas e animais quando uma linda bananeira cresceu na planície e logo produziu um grande cacho dourado e atraente.
Os pajés se reuniram e compreenderam que a bananeira pertencia a Paaba, o deus criador. Chamaram-na paruru e preveniram todas as tribos de que era permitido comer qualquer fruto da terra, menos o da planta sagrada.
Durante muito tempo, os índios respeitaram a ordem dos pajés e a região mais parecia um paraíso: todos viviam em paz porque não era preciso disputar o alimento. Em certa manhã, porém, para espanto geral, a paruru apareceu sem o seu cacho. Todos se perguntavam quem fizera aquilo, mas, antes de descobrirem, o chão se moveu, os céus tremeram em trovões e os animais da terra e do ar fugiram para longe.
O dilúvio inundou tudo e um monte imenso brotou das águas e subiu até as nuvens. Foi assim que apareceu o majestoso monte Roraima. Desde então, através dos tempos, ele lamenta o fim do paraíso e verte lágrimas das pedras, das fissuras e das ravinas. Todos os dias, Paaba cobre com suas nuvens o topo do monte que chora.
Sugestão de atividade
• Identificar os sinais de religiosidade neste texto oral da tradição indígena.
• Especificar os elementos que também aparecem em textos escritos ou orais de outras tradições religiosas.
• Comparar as semelhanças deste texto com outros relatos sagrados conhecidos.
• Refletir acerca da capacidade humana de interpretar religiosamente os fenômenos naturais e neles encontrar ensinamentos.
• Tirar conclusões atuais.

Os Macuxi, um dos oito povos indígenas do estado de Roraima, contam que antigamente aquela região era cheia de igapós, e todas as tribos viviam com fartura de caça, pesca e frutos.
A banana era desconhecida naquele lugar e foi grande a surpresa de pessoas e animais quando uma linda bananeira cresceu na planície e logo produziu um grande cacho dourado e atraente.
Os pajés se reuniram e compreenderam que a bananeira pertencia a Paaba, o deus criador. Chamaram-na paruru e preveniram todas as tribos de que era permitido comer qualquer fruto da terra, menos o da planta sagrada.
Durante muito tempo, os índios respeitaram a ordem dos pajés e a região mais parecia um paraíso: todos viviam em paz porque não era preciso disputar o alimento. Em certa manhã, porém, para espanto geral, a paruru apareceu sem o seu cacho. Todos se perguntavam quem fizera aquilo, mas, antes de descobrirem, o chão se moveu, os céus tremeram em trovões e os animais da terra e do ar fugiram para longe.
O dilúvio inundou tudo e um monte imenso brotou das águas e subiu até as nuvens. Foi assim que apareceu o majestoso monte Roraima. Desde então, através dos tempos, ele lamenta o fim do paraíso e verte lágrimas das pedras, das fissuras e das ravinas. Todos os dias, Paaba cobre com suas nuvens o topo do monte que chora.

• Identificar os sinais de religiosidade neste texto oral da tradição indígena.
• Especificar os elementos que também aparecem em textos escritos ou orais de outras tradições religiosas.
• Comparar as semelhanças deste texto com outros relatos sagrados conhecidos.
• Refletir acerca da capacidade humana de interpretar religiosamente os fenômenos naturais e neles encontrar ensinamentos.
• Tirar conclusões atuais.
Fonte: Diálogo 51 - AGO/2008
Postado por: Diálogo
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