Fábio Monteiro
Nasceu em Recife (PE), cidade com muitos quintais. Foi em um deles que cresceu em meio a brincadeiras e pés de jambo, abacate, caju, manga, goiaba e bananeira. Talvez por isso, encantou-se pela infância e quis saber mais sobre as metáforas. A escrita acompanhou o seu crescimento: primeiras letras, primeiras sílabas, primeiras palavras, primeiras frases, primeiros textos, primeiros livros.
O encantamento pelas palavras foi revertido em diversas histórias lidas, contadas e escritas. A curiosidade pelo ser humano fez a necessidade de investigar sua origem, seus costumes, sua cultura. Por isso guardou retratos, lembranças da areia entrando por entre os dedos, a imagem da primeira pipa empinada, as quedas na bicicleta sem rodinhas. Os beijos de mãe, o carinho dos irmãos, o aconchego do pai contador de histórias.
Após tentar ser mecânico industrial, conheceu o teatro e decidiu associar as artes ao conhecimento científico da humanidade. Formou-se em 2000 como Professor de História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco e arrumou sua bagagem para conhecer uma São Paulo de muitas gentes, muitos encantos, muitas possibilidades para constituir sua vida como gente grande... gente pequena que nunca deixou de ser.
Já em São Paulo, estudou mais um tanto e especializou-se em Ensino de Geografia e História, Sociedade e Cultura pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), possibilitando novas perspectivas para sua profissionalização como Professor e posteriormente, coordenador pedagógico. Como literatura é vida, ela sempre acompanhou o autor na sua trajetória em diários, cadernos de poesias, cartas guardadas e tantos outros meios que levaram seus escritos para suas gavetas secretas, até que, decidiu por intermédio de um amigo de infância, André Neves, mostrar seu primeiro texto para infância à Paulinas Editora, que publicou A Menina que contava com ilustrações do André Neves. Após um ano, o livro já entrou numa segunda edição.