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Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro, festa da Padroeira do Brasil
Data de publicação: 11/10/2022
Em 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora da Conceição, conhecida como Nossa Senhora Aparecida, o Brasil celebra a sua padroeira, que passou a receber o carinho e a devoção dos brasileiros em 1717, ano que marca a descoberta da imagem. Vamos conhecer brevemente esta linda história de devoção.
A pesca milagrosa
Em 1717, chegou a Guaratinguetá a notícia de que o Conde de Assumar, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais. Desejosos de agradá-lo, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no Rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas mal-sucedidas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora sem a cabeça. Em nova tentativa, veio a cabeça. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram abundantemente para os três humildes pescadores.
Início da devoção
Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo e muitas graças foram alcançadas. Logo, já não eram somente os pescadores que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas, de lugares distantes. A família construiu então um oratório, no Porto de Itaguaçu, que em pouco tempo se mostrou pequeno. Por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá deu início à construção de uma capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e a imagem.
Primeiros Milagres
Milagre das Velas
Numa noite estrelada, os devotos rezavam ao pé da imagem. Repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Quando uma das pessoas presentes se aproximou para reacendê-las, elas acenderam por si mesmas. Este foi o primeiro milagre conhecido de Nossa Senhora, ocorrido em 1733.
Correntes
Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pela igreja onde se encontrava a imagem, pediu ao feitor permissão para rezar. Recebendo autorização, o escravo se ajoelhou e rezou. Durante a oração, as correntes se soltaram.
Desses primeiros milagres aos dias de hoje, não cessam as maravilhosas intercessões de nossa Mãe e Padroeira.
Basílica Velha
Em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior para acomodar e receber os fiéis que aumentavam significadamente. Conhecida atualmente como Basílica Velha, foi solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909.
Em 1868 a Princesa Isabel havia visitado Aparecida e pedido a graça de tornar-se mãe. Dezesseis anos depois, voltou com seus três filhos e em agradecimento ofertou à santa uma coroa de ouro, cravejada de diamantes e rubis, e um manto azul, ricamente adornado. Em 8 de setembro de 1904, a imagem recebeu a riquíssima coroa doada pela Princesa Isabel e o manto anil, bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por Dom José Camargo Barros, com a presença do então Presidente da República, Rodrigues Alves, e numerosa assembleia.
Rainha do Brasil
Em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município, vindo a se chamar Aparecida, em homenagem a Nossa Senhora, que fora responsável pela criação da cidade.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial em 16 de julho de 1930, por decreto do Papa Pio XI. A Lei n. 6.802, de 30 de junho de 1980, decretou oficialmente feriado no dia 12 de outubro, dedicando este dia à devoção. Também nesta Lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil.
Basílica Nova
Na década de 1940, os missionários da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos por Redentoristas, responsáveis pela Igreja, perceberam a necessidade de erigir um novo templo, mais amplo, que comportasse mais pessoas. Nasceu assim a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. As obras começaram em 1952. Em 4 de julho de 1980, em solene missa, o Papa João Paulo II, em sua histórica visita ao Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior santuário mariano e terceiro maior templo católico do mundo, revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de Deus, a quem foi dedicado o grandioso monumento construído com o carinho e devoção do povo brasileiro.
Os Papas e Nossa Senhora Aparecida
1908 – Papa Pio X concede à Igrejinha o título de Basílica Menor
1929 – O Papa Pio XI anuncia Nossa Senhora, sob a invocação de Aparecida, como Padroeira do Brasil.
1980 – O Papa João Paulo II celebrou a Santa Missa na Esplanada do Santuário, perante uma multidão de cerca de 300 mil pessoas. Após a missa de Sagração do Altar, o Papa fez sua consagração e a de todos os brasileiros a Nossa Senhora Aparecida e deu a bênção final com a imagem original de Nossa Senhora.
Maio de 2007 – O Papa Bento XVI visitou o Santuário Nacional por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e Caribenho.
Papa Francisco em Aparecida
Em julho de 2013, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco esteve em Aparecida e celebrou uma missa no Santuário. Na homilia, disse: “Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. [...] Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora ela nos pede: “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2,5). Sim, Mãe nossa, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja.”.
Consagração a Nossa Senhora Aparecida
Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo,
em vossa querida imagem de Aparecida,
espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil.
Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas,
mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia,
prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento,
para que sempre pense no amor que mereceis;
consagro-vos a minha língua para que sempre
vos louve e propague a vossa devoção;
consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus,
vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-me, ó Rainha incomparável,
vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe,
no ditoso número de vossos filhos e filhas;
acolhei-me debaixo de vossa proteção;
socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais,
sobretudo na hora de minha morte.
Abençoai-me, ó celestial cooperadora,
e com vossa poderosa intercessão,
fortalecei-me em minha fraqueza,
a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida,
possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu,
por toda eternidade.
Assim seja!
Amém.
Conheça mais:
Esta obra conta o que aconteceu na pequena cidade de Aparecida, quando uma imagem de cor preta e dividida em dois pedaços foi encontrada por três humildes pescadores no rio Paraíba. Todos os sinais que os pescadores viveram e experimentaram, quando encontraram a imagem, foram e são considerados milagres da Mãe Aparecida para atender as súplicas de seus filhos e filhas. A história aqui narrada é uma espécie de oração que vai tocar no mais profundo do nosso ser cristãos e filhos de uma Mãe que nos ama e nunca nos deixa sozinhos. Em cada capítulo, encontramo-nos com a experiência de fé de pessoas simples, seguida da Palavra de Deus, de súplicas e de cantos que buscam preparar nosso coração para o grande evento que celebramos: os trezentos anos de romaria em prece. Esta obra quer ajudar na reflexão e na vivência da pessoa que deseje conhecer Maria de Nazaré e a história da imagem da Mãe Aparecida encontrada nas águas do rio Paraíba. Fazer essa experiência significa celebrar a fé que se nutre por Nossa Senhora, que aponta para seu filho Jesus e nos convida a ser seus discípulos e discípulas. A autora leva em conta a presença quase permanente, ainda que alternada, do romeiro e da romeira que, celebrando os trezentos anos de Aparecida, merecem uma publicação que tenha o sabor de uma conversa simples e pastoral com as romarias que se dirigem à Casa da Mãe.
https://www.paulinas.com.br/produto/aparecida-2693
Há trezentos anos, nas águas do rio Paraíba, três pescadores encontraram uma pequenina imagem de Nossa Senhora, a quem passaram a chamar com o carinhoso nome de “Aparecida”. Hoje, no Santuário Nacional, milhares de romeiros, diariamente, contemplam o rosto de Jesus ao olhar a imagem da Padroeira do Brasil. Este livro convida o leitor a pedir a proteção dessa Mãe querida, rezando pelas famílias, pelos doentes, pelo perdão dos pecados, pelos aflitos, pelas crianças, jovens e idosos, pelas vocações sacerdotais e religiosas, pelos falecidos e pelas almas do purgatório. Que Maria interceda por nós, para que sejamos dignos das promessas de Cristo e possamos, um dia, habitar na morada do Altíssimo!
https://www.paulinas.com.br/produto/nossa-senhora-aparecida-novena-e-terco-2842
Fonte:
Paulinas
Postado por:
admin_editora
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