Abaixo a dentadura!
Data de publicação: 01/08/2016
Quem tem mais dentes naturais vive mais e com melhor qualidade de vida

Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Programa Universidade para Todos (Prouni) etc. Em um País onde programas sociais como esses e outros atendem a demandas sociais urgentes, é impossível priorizar qual é o mais imprescindível. Mesmo entre os menos conhecidos. Em uma escala de zero a dez, por exemplo, o programa Brasil Sorridente, criado em 2003 para ser a primeira política pública de saúde para o setor, ganharia no mínimo nove no quesito necessidade. Afinal a situação da saúde bucal no País é ainda desalentadora. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que quase 8% da população, 16 milhões de pessoas, não tem dente algum. Entre os banguelas, porém, o destaque negativo fica para os idosos. Das pessoas com 60 anos ou mais, 41,5% perderam todos os dentes.
Razões não faltam para os brasileiros idosos terem vergonha de sorrir. Para a odontóloga Thais Giordano Mesquita, especialista em Odontogeriatria, as causas dessa horda de desdentados são, em palavras cruas, a pobreza e a ignorância. “Não só faltam recursos para parte da população, como informação sobre a importância dos dentes, noções de higiene bucal e até acesso à escova e à pasta dental”, explica. Sua colega Márcia Borghi Carvalho, também odontogeriatra, lembra que o quadro atual se deve igualmente a uma antiga Odontologia mutiladora e invasiva, que, felizmente, deu lugar a práticas mais conservadoras. “O panorama da Odontologia evoluiu no País e se tornou mais acessível economicamente, com maior oferta de profissionais. A cultura da dentadura ficou no passado. Apesar disso, nas regiões carentes nossa população ainda carece de tratamento adequado e continua vendo na extração a única forma de solucionar a dor e resolver os problemas dentais”, completa.


Viver bem – Mesmo em um curto prazo, a falta de dentes na boca atrapalha a vida dos idosos – e de resto, de pessoas de qualquer idade –, pois a má mastigação ocasiona problemas digestivos ou nutricionais e compromete, principalmente, a saúde de pessoas que, por razões naturais, têm um organismo fragilizado pelo envelhecimento. Outros prejuízos ficam por conta dos desdobramentos psicológicos devido ao abalo da autoestima, dificuldade de sociabilização e falta de uma boa aparência e de um sorriso naturalmente bonito. Por essa e por outras a extração de um único dente que seja deve ser evitada enquanto restar uma forma de preservá-lo. “A dentadura não deve ser um destino comum na terceira idade”, avisa a doutora Márcia. De fato, ao contrário do que acontecia no tempo de nossos avós e, talvez, pais, o normal e mais saudável é envelhecer com todos os dentes, mesmo porque está provado que quem tem mais dentes naturais vive mais e melhor.

Fonte: FC ediçao 967 - AGOSTO O 2016
Postado por: Família Cristã
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