Juntos até o fim
Data de publicação: 22/05/2017
O amor não é item da tal lista das coisas consumíveis, onde conquistar é mais importante que manter conquistado
Floyd e Violet morreram de mãos dadas na Califórnia (Estados Unidos), após 67 anos de casados. Hugh e Joan, da Nova Zelândia, morreram juntos, no mesmo quarto viveram uma união de 67 anos. Também na Califórnia, Alexander e Jeanette morreram abraçados, após um casamento de 75 anos. E aqui, no Brasil, em Porto Alegre (RS), depois de 65 anos casados, Italvino e Diva morreram juntos, de mãos dadas. Mas o que teriam eles para morrerem dessa forma? E juntos! Eles tinham o único contágio para o qual nenhuma ciência encontrou explicação: amor verdadeiro.
Estavam acometidos de um amor que não derrete sob o sol escaldante das tentações por aventuras passageiras. Foram tomados por um amor que não se congela nos longos períodos gelados, nos quais o calor da paixão foi esfriado pela rotina, pela preocupação com os filhos, pelo trabalho, pelo estresse e também pelas doenças – entre tantas coisas difíceis da vida.

Esses casais não tiveram medo de assumir que para serem um casal seria preciso reprogramar os sonhos pessoais, adaptar os objetivos de cada um, conciliar as horas, os costumes, as dívidas e as economias, sem nenhuma reserva. Decidiram, ao invés de guardar segredos, guardar as alegrias colhidas juntos ao longo da vida. Mas não jogaram fora as dores. Aprenderam com elas. Não se esconderam do outro, não mentiram ao outro e, muito menos, se acovardaram diante da possibilidade da outra pessoa dizer adeus. Sempre acreditaram tanto na outra pessoa, que isso nem lhes passou pela mente.
Amor não é produto – O amor é possível ainda para os dias de hoje, mesmo que se pretenda que um relacionamento dure o tempo de um romance. Grande erro! Porque é depois do romance que realmente a coisa fica boa. É depois do romance que se inicia uma nova conquista, da mesma pessoa, para se chegar a um novo romance, que nunca será igual. Mas sempre poderá ser melhor. O amor não é item da tal lista das coisas consumíveis, onde conquistar é mais importante que manter conquistado.
Na sociedade de consumo, onde tudo é provisório, precisamos mostrar que o amor de um casal não é descartável: vale muito mais que se possa imaginar. E para que ele seja menos perecível, é preciso menos egoísmo e menos orgulho. É preciso mais sinceridade, lealdade, entrega e comprometimento. É preciso esforço e reflexão. É preciso desejo e valorização. Tudo isso são “vírgulas” na história do amor. Porque quando se ama de verdade, como os casais que citamos no início deste artigo, nunca há ponto final no meio da história, mas, sim, vírgulas. É nesses pequenos espaços que o casal sempre coloca muito mais força e determinação no relacionamento. É nas vírgulas da vida a dois que se constrói um grande e verdadeiro amor para durar até o fim. Juntos!
Fonte: FC edição 960 - Dezembro 2015
Postado por: Família Cristã
Veja Também
Ótima oportunidade para reunir amigos e crianças em um piquenique, em algum parque.

O fruto do tomateiro é um alimento perfeito para quem quer aliar vitaminas e minerais a baixas calorias

Aprender a acolher e balancear a dinâmica aritmética da vida, ao acolher que há começo e fim...