Conhecimento para a decisão
Data de publicação: 09/10/2017
Por Nathan Xavier
Pesquisa com a população que acabou de sair da juventude e entrou na fase adulta mostra que os mais novos devem planejar a própria carreira profissional e exercitar o autoconhecimento
O estudo Projeto 30, realizado pela Pesquiseria sob a coordenação da Giacometti Comunicação, ouviu mil pessoas na faixa dos 30 anos de idade, revelando seus desejos, estimativas de consumo e perspectivas de futuro. O resultado chamou a atenção no quesito profissional: 52% dos jovens brasileiros nessa faixa etária afirmam que estão frustrados com a carreira, trabalham para sobreviver e não exercem o que gostam de fazer. A pesquisa envolveu jovens das classes A, B e C, com resultados muito próximos: apenas 16% deles estão realizados com o trabalho que desenvolvem e 26% dos entrevistados das classes A e B gostariam de ter uma profissão que proporcionasse maior realização. Nesse fator, a porcentagem aumenta um pouco para os jovens da classe C: 28%.
A geração hoje na faixa dos 30 anos pertence à chamada Geração Y, ou Millemials, que corresponde às crianças nascidas no começo dos anos 1980 até meados de 1990. Eles sucederam a Geração X, que cresceram sem muitas perspectivas de futuro, com um mundo incerto e dificuldades econômicas. Já os filhos dessa Geração X, cresceram com uma abundância de bens materiais maior que seus pais e em ambiente econômico mais favorável. Talvez como compensação por seus pais terem tido uma infância mais restrita, as crianças da Geração Y tinham à disposição mais brinquedos e uma preocupação maior com a infância, por parte de pais e especialistas. Além disso, foi a primeira geração que testemunhou e viveu a transição do analógico para o digital, dominando o novo mundo que surgia, onde os padrões tradicionais de sociedade começaram a ser abalados. Enquanto seus pais seguiam a profissão que desse o maior status, dinheiro, ou onde tivessem oportunidade não se importando tanto com a felicidade no ambiente de trabalho, a geração que nasceu nos anos 1980-1990 cresceu sendo bombardeada com a ideia de que se deve exercer o que gosta de fazer e algo de relevância. Somado a isso, a cultura do descarte foi mais forte nos Millenials, embalada pela efemeridade dos programas de computador, jogos e produtos que eram rapidamente substituídos por outros melhores e mais eficientes. Nesse novo ambiente volátil, onde pudemos assistir à queda de diversas profissões e à relativização de outras, a lógica do trabalho até então conhecida adquiriu novo significado e grau de comprometimento. A Geração Y foi superexposta a novo nível de informação, afastada dos trabalhos braçais e sobrecarregada de “prêmios” e facilidades materiais em troca de pouco ou nenhum esforço. Porém, agora, já inseridos no ambiente de trabalho, se deparam com nova recessão econômica e a discussão, impulsionada pela Geração Z, nascidos a partir dos anos 2000, de que se deve cuidar mais do planeta, portanto, que a cultura do descarte já não deve prevalecer.
Pesquisa com a população que acabou de sair da juventude e entrou na fase adulta mostra que os mais novos devem planejar a própria carreira profissional e exercitar o autoconhecimento

A geração hoje na faixa dos 30 anos pertence à chamada Geração Y, ou Millemials, que corresponde às crianças nascidas no começo dos anos 1980 até meados de 1990. Eles sucederam a Geração X, que cresceram sem muitas perspectivas de futuro, com um mundo incerto e dificuldades econômicas. Já os filhos dessa Geração X, cresceram com uma abundância de bens materiais maior que seus pais e em ambiente econômico mais favorável. Talvez como compensação por seus pais terem tido uma infância mais restrita, as crianças da Geração Y tinham à disposição mais brinquedos e uma preocupação maior com a infância, por parte de pais e especialistas. Além disso, foi a primeira geração que testemunhou e viveu a transição do analógico para o digital, dominando o novo mundo que surgia, onde os padrões tradicionais de sociedade começaram a ser abalados. Enquanto seus pais seguiam a profissão que desse o maior status, dinheiro, ou onde tivessem oportunidade não se importando tanto com a felicidade no ambiente de trabalho, a geração que nasceu nos anos 1980-1990 cresceu sendo bombardeada com a ideia de que se deve exercer o que gosta de fazer e algo de relevância. Somado a isso, a cultura do descarte foi mais forte nos Millenials, embalada pela efemeridade dos programas de computador, jogos e produtos que eram rapidamente substituídos por outros melhores e mais eficientes. Nesse novo ambiente volátil, onde pudemos assistir à queda de diversas profissões e à relativização de outras, a lógica do trabalho até então conhecida adquiriu novo significado e grau de comprometimento. A Geração Y foi superexposta a novo nível de informação, afastada dos trabalhos braçais e sobrecarregada de “prêmios” e facilidades materiais em troca de pouco ou nenhum esforço. Porém, agora, já inseridos no ambiente de trabalho, se deparam com nova recessão econômica e a discussão, impulsionada pela Geração Z, nascidos a partir dos anos 2000, de que se deve cuidar mais do planeta, portanto, que a cultura do descarte já não deve prevalecer.
Frustrados – Esse é apenas um panorama que serve como cenário de fundo para expor algumas razões da insatisfação no ambiente de trabalho. Janaína Lima, mentora e coach de carreira do site Recolocação Profissional (www.recolocacaoprofissional.com) tem acompanhado o mercado e possui clientes nesse perfil. Segundo sua experiência, lista alguns motivos para a insatisfação: “Falta de reconhecimento e valorização por parte dos líderes e de sintonia com eles; e ausência de um plano de carreira claro e definido na empresa. A falta de feedback dos superiores também é um fator que gera insatisfação. Alguns só sabem que não estavam indo bem no dia de assinar seu aviso prévio”. Não por coincidência, os fatores se relacionam com o jeito da Geração Millemials encarar a própria profissão. “Já vi casos de pessoas que me procuraram desejando sair de grandes multinacionais. Depois, em poucos meses, foram promovidas e nem pensavam mais em sair da empresa, porque normalmente não é a empresa o problema, são as pessoas que estão em posições erradas e muitas vezes nós mesmos damos mais atenção do que deveria para o lugar errado. Mudou o foco, mudou os pensamentos, as atitudes tendem a mudar e os resultados também.” De acordo com Janaína, isso acontece porque a pessoa tira o foco do problema e busca uma solução, parando de terceirizar a culpa e assumindo o comando da própria carreira. Ela sugere que o profissional não espere as coisas acontecerem, mas faça acontecer: “Se o chefe não está valorizando, comemore você seus avanços, compartilhe com a família, amigos, e coloque no seu currículo todo resultado alcançado. As chances de essas informações serem valorizadas futuramente são grandes. Muitas empresas também não têm plano de carreira, então, tenha você um plano, saiba onde deseja chegar e não espere a empresa pagar seus cursos ou sua graduação”.
A coach de carreira faz outras observações para quem está frustrado com o que faz: “Busque conhecer melhor seu líder e o que ele valoriza. Quais são suas maiores necessidades no momento? Fique atento ao que faz ele sorrir, ao que deixa ele bravo e o que precisa para ter mais resultado. Não é para ser puxa-saco, mas uma pessoa de valor que o ajude a resolver os problemas, afinal, é para isso que somos contratados: resolver ou minimizar problemas e dar lucro às empresas”.
A coach de carreira faz outras observações para quem está frustrado com o que faz: “Busque conhecer melhor seu líder e o que ele valoriza. Quais são suas maiores necessidades no momento? Fique atento ao que faz ele sorrir, ao que deixa ele bravo e o que precisa para ter mais resultado. Não é para ser puxa-saco, mas uma pessoa de valor que o ajude a resolver os problemas, afinal, é para isso que somos contratados: resolver ou minimizar problemas e dar lucro às empresas”.

Os conselhos da coach vão ao encontro dos demais dados da pesquisa: para 83% do total de frustrados com a carreira, a vida estaria melhor se tivesse corrido atrás do que queria; e 71% acreditam que se acomodaram e não correram atrás dos sonhos. Apenas 7% da população com 30 anos é da tribo que a pesquisa intitulou de “Realizados”. Desses, 79% estão felizes com a vida pessoal e profissional. Em sua maior parte são mulheres das classes A e B que creditam à família um importante papel. E, para os jovens que pensam que os estudos se restringem ao colégio, fica um recado, os que estão felizes com a vida pessoal e profissional não pararão por aí: todos desejam voltar a estudar para conseguir melhor colocação profissional e alcançar mais objetivos.
Fonte: FC edição 969- setembro 2016
Postado por: Família Cristã
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