Por que tantos porquês?
Data de publicação: 04/05/2018
Por voltar dos dois, três anos de idade, a criança passa a conhecer o mundo. A curiosidade é inata nas crianças, o primeiro passo para o aprendizado.
Em determinado momento você já se deparou com alguma pergunta de uma criança que lhe deixou sem reação? Ou melhor, você deixou de saber o que responder? Seu filho já chegou com alguma informação da qual você jamais imaginaria ele falasse? Talvez você já tenha experimentado essa sensação de sentir de perto a curiosidade infantil. Quando uma criança pergunta, ela busca uma resposta; resposta para aquilo que ela quer saber. E busca respostas claras e objetivas. Por vezes, os pais se veem, como diz o ditado, em saia justa para explicar ao filho a informação evidenciada.

Escutar para responder – Diante de uma indagação infantil, é importante os pais estarem atentos para o que realmente os filhos desejam saber e como chegaram a essa pergunta. É a oportunidade de os pais aguçarem a escuta para dar uma resposta satisfatória às crianças. Diante das perguntas, a dica da psicóloga Patrícia Santos de Souza Delfini é não tratar as perguntas das crianças com menosprezo nem “adultificar” as respostas. É importante entender a pergunta da criança antes de responder. É preciso sintonizar-se com aquilo que a criança deseja saber. As perguntas mais frequentes são decorrentes da vivência diária da família ou do ambiente educacional. De onde vêm os bebês? O que é namorar? O que é sexo? Por que os adultos brigam? Por que papai trabalha?
A profissional destaca que é importante os pais e os educadores estarem atentos a essa fase da criança, ou seja escutar a pergunta para depois responder. O que acontece muitas vezes é que os pais ficam apavorados diante das perguntas e inibem a criança ou até omitem uma resposta. “A resposta precisa ser correspondente e satisfatória, dizer a ela a verdade, é preciso que os pais respondam de maneira simples e sem rodeios, até porque falar a verdade é sempre o melhor caminho, lembrando que as crianças estão ligadas, e, se você não for o mais claro possível, ela vai persistir na busca de uma resposta que satisfaça sua curiosidade”, salienta Patricía.”
Para Elane da Silva, mãe de três filhos, Giovana, 8 anos, Alessandra, 3, e Felipe, 2, as crianças são muito espertas e quando querem saber uma coisa elas perguntam, questionam a mãe, o pai, a avó, o tio e o vizinho. A “Alessandra está na fase das mil e uma perguntas. Quer saber de tudo e, quando não fica satisfeita com a resposta, ela pega o celular e liga para sua tia que mora em outro estado”, diz a mãe, que vive com seus filhos intensamente a fase da curiosidade. E tem mais, se a Alessandra vê algo e não entende o que é explicado ela vai atrás de outra pessoa para saber se o que foi dito é verdade. “Um dia ela perguntou por que a sua vovó mora tão longe, eu expliquei o porquê, mas ela ficou em dúvida, pegou o telefone e ligou para a vovó para perguntar. Precisou se certificar com a avó para aceitar. Já o Felipe tem só 2 anos, mas vê a irmã perguntando e também quer saber as coisas”, enfatiza a Elaine.
A psicóloga Patrícia Delfini orienta os pais a sempre buscarem responder aos questionamentos dos filhos. Procurar também entender o porquê de as crianças estarem perguntando sobre determinado assunto. Isso, com certeza, ajuda a criança a compreender melhor as coisas. Essa interação permite uma coparticipação e construção do conhecimento no universo infantil.

A psicóloga Patrícia Delfini orienta os pais a sempre buscarem responder aos questionamentos dos filhos. Procurar também entender o porquê de as crianças estarem perguntando sobre determinado assunto. Isso, com certeza, ajuda a criança a compreender melhor as coisas. Essa interação permite uma coparticipação e construção do conhecimento no universo infantil.
Por, Roseane Welter
Fonte: FC edição 987, Março de 2018
Postado por: Família Cristã
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