Evangelho na comunidade
Data de publicação: 25/10/2013
Cônego Celso Pedro da Silva*
Arte: Sergio Ricciuto Conte
Arte: Sergio Ricciuto Conte
27 de outubro de 2013
30º Domingo do Tempo Comum
Eclo 35,12-14.16-18; Sl 33 (34);
2Tm 4,6-8.16-18; Lc 18,9-14

A prece do humilde atravessa as nuvens – A prece que atravessou o céu e chegou até Deus foi a prece humilde do publicano. Deus não faz discriminação de pessoas. Quem o serve como Ele quer é sempre bem acolhido, mas Ele dá uma atenção especial para o pobre, o oprimido, o órfão, a viúva. Ele ouve o desabafo de suas mágoas. Deus está aberto para todos porque todos, independentemente de sua posição social e de seu dinheiro, podem ser humildes.
Guardar a fé − A humildade de Paulo se manifesta na verdade. “Daqui a pouco vou morrer”, escreve ele a seu amigo Timóteo. “Minha vida foi uma luta. Muitas vezes fiquei sozinho e abandonado, mas nunca abandonado por Deus. Completei a corrida que comecei. Comecei e fui até o fim, e guardei a fé.” Aqui está de novo a fé vitoriosa de quem se entregou totalmente ao Senhor e à causa de seu Evangelho. A morte de Paulo será a libertação de todos os males e a entrada gloriosa no Reino celeste. “Sei em quem acreditei, em quem coloquei a minha fé”, escreve ele, na mesma carta a Timóteo. Paulo sempre teve medo dos observantes que se gloriavam por suas observâncias. Ele preferia entregar-se humildemente nas mãos de Deus pela fé. Paulo podia tudo, não por si mesmo, mas naquele que lhe dava força.
Nossa vida hoje – Quando o papa Francisco veio ao Brasil, falou-se muito de sua humildade. A humildade dele, porém, não consiste em carregar sua própria pasta, locomover-se num carro comum, se vestir com simplicidade. Sua humildade está na maneira como ele se vê a si mesmo na função que exerce na Igreja e diante do mundo. Seu poder consiste em servir. Afinal, ele é a figura visível daquele que veio para servir e não para ser servido. Carregar a própria pasta e não usar enfeites pode ser atitude populista. Mas não se ver como príncipe, aproximar-se das pessoas, pensar a Igreja como povo e depois como hierarquia são atitudes de um coração verdadeiramente humilde. Quando nos diz que nosso trabalho missionário se faz na Igreja, ele não está pensando em relacionamentos piramidais, que nossa ação se desenvolve na obediência às normas canônicas e aos inúmeros documentos eclesiásticos. Ele está dizendo que não estamos sozinhos, somos um corpo eclesial, agimos juntos e nos apoiamos e contamos com a amizade e as orações do sucessor de Pedro.
*Sacerdote e professor de Sagrada Escritura.
Fonte: Família Cristã 933 - Set/2013
Postado por: Família Cristã
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