Edição 961, janeiro de 2016
Data de publicação: 24/12/2015
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Substantivo do gênero feminino, paz não é uma palavra que pode ser escrita ou pronunciada a torto e a direito. Para fazer isso seria necessário, antes, ter alguma noção de seu significado. Na verdade, de seu não significado: um vazio de agitação, conflito e perturbação. Um vácuo de violência, agressão e guerra. Uma espécie de estado zen meditativo onde, através da reflexão ascética, a mente humana alcançaria uma sublimação tal que nenhum mal-estar terreno seria capaz de corrompê-la.
Mas seria assim a paz algo tão passivo ou neutro, desencarnado, a ponto de não significar nada além da ausência de algo, um silêncio ou a falta de uma sensação que desequilibra, incomoda ou desordena? Seria a paz apenas o que não é outra coisa, qualquer coisa, ou seu contrário?
Alguém poderá dizer que sim e ter lá muitas razões, embora não todas. Porque para ter a paz, de fato, é preciso deixar de fazer muito, como expandir domínios, matar, roubar e convencer os outros a pensar como nós, a seguir nossas crenças. Mas não apenas. Mais do que se contentar com o que se tem seria preciso dividir o que se tem – às vezes até o que não se tem –, promover a vida e aceitar o próximo como ele é mesmo que, com seus credos, ideologias e orientações, ele pense e aja diferente. Ter tal capacidade, como se vê, está longe de significar que, para construir a paz, apenas devemos fazer a menos. Porque esvaziar as guerras, os conflitos e as agressões e pôr a concórdia no lugar da violência, o respeito no lugar da soberba, é tudo menos omitir-se. Construir a paz provoca reações, exige coragem, predisposição ao sofrimento, incompreendida simpatia pelos desfavorecidos e até vocação para o martírio. Para completar, o salário não é dos melhores nem as folgas são garantidas.
Mas o bom é que os resultados compensam. E não se fala, aqui, do que há de vir em outras vidas, pois essas – caso existam – dependem apenas da convicção de cada um. E sim em uma civilização com pessoas um pouco melhores. Com cada ser humano tendo o bastante para viver e, sem que haja sequer a necessidade de existir um mandamento nesse sentido, saiba dividir com quem mais chegar.

ENTREVISTA
Irmã Sherazade
A ficção de Maria Valéria Rezende

DIREITOS HUMANOS
Basta!
Até quando o Brasil exterminará a juventude negra?

BIOÉTICA
Mistanásia
Um neologismo para lidar com a realidade da morte como fruto do descaso frente à vida

REPORTAGEM
No caminho, a lama
Flagelados pela lama da Samarco e da Vale se apegam ao que restou para tentar reconstruir a vida: a fé

POVOS DA FLORESTA
Abaixo a temperatura
A COP 21 terminou com alguma esperança de que não vamos acabar com o planeta

POLÍTICA
Educação precisa de cooperação
Em tempo de lamacenta imoralidade, jovens estudantes paulistas ocupam escolas e servem de inspiração

ENTRE JOVENS
As novas Malalas
Extremistas não conseguiram matar Malala e para azar deles o mundo está cheio de outras iguais a ela

DINÂMICA FAMILIAR
A misericórdia bate à porta
Quando a misericórdia entra em nosso coração, é Deus quem vem ao nosso encontro

FILHOS
Abuso sem limites
Entre os casos de abuso sexual contra menores, 22% são contra crianças de até um ano

COMPORTAMENTO
Essa tal de felicidade
Lutar por ser feliz neste mundo e nesta vida é o maior dever de todo ser humano

FAMÍLIA
Em movimento...
Atividades físicas em família ajudam na educação, cumplicidade e integração de todos

SER UM
Lembra quando...
Muitos casais felizes no casamento jamais esquecem sua própria história

VIDA DE CASAL
Dois no divã
A terapia de casal facilita a comunicação e pode ajudar a salvar muitos relacionamentos

FRANCISCO
O poder é servir
“O cristão não tem medo de se descentralizar, de ir às periferias, porque tem o seu centro em Jesus Cristo”

ANO DA MISERICÓRDIA
No palco da misericórdia
As feridas mais diversas continuam a forçar as multidões a gritar por socorro e por misericórdia

ANO SANTO
Do coração, a compaixão
Um manual para viver o Ano Santo com alegria, fé e misericórdia

PAZ INQUIETA
Almas anoréxicas
Muitos crentes morrem de anorexia espiritual. Não se alimentam, mas acham que já assimilaram o suficiente

MANDAMENTO
Comunhão em plenitude
Como mãe, a Igreja pede sempre o mínimo. Mas os cristãos católicos podem dar bem mais do que isso

IGREJA
Fé na paz
Quem diz matar em nome de Deus nunca, na verdade, o conheceu nem tem consideração por suas criaturas

JUVENTUDE E FÉ
Coração jovem
A proposta de nosso projeto é ajudar na vivência da fé com o auxílio de ciências humanas

TESTEMUNHO DE FÉ
Memórias de uma lutadora
Irmã Alberta Girardi chega aos 94 anos com saudade da luta ao lado dos sem-terra

PANORAMA
Mulheres aprisionadas
Em Ravensbrück, na Alemanha nazista, 92 mil mulheres foram executadas ou morreram de fome

CULTURA
A morte do Mar Morto
Devido ao uso excessivo de sua água, o Mar Morto já perdeu 35% de sua extensão nos últimos 60 anos

POEMA
A paz que somos
Um poema de dom Pedro Casaldáliga

SUSTENTABILIDADE
Hortelã
Vamos cultivar a hortelã, muito utilizada para produzir fitoterápicos que tratam de problemas digestivos

TRABALHOS MANUAIS
Garrafas PET a menos
Vamos transformar garrafas de plástico em flores artificiais

O EVANGELHO NA COMUNIDADE
7 de fevereiro 5º Domingo do Tempo Comum
14 de fevereiro 1º Domingo da Quaresma
21 de fevereiro 2º Domingo da Quaresma
28 de fevereiro 3º Domingo da Quaresma
Fonte: Edição 961,janeiro de 2016
Postado por: Família Cristã
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