Por uma casa Misericordiosa
Data de publicação: 20/07/2017
Pensar no que é óbvio ajuda a tornar o que é comum em algo melhor, apesar de não deixar de ser comum e natural.
Ser família é, ou deveria ser, uma consequência natural do viver

Na década de 1980, a Semana da Família começou a ser realizada em nível de regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em 1989 foi criada a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF). E a Semana da Família seguiu crescendo, até que em 1992, após uma consulta aos regionais, oficializou-se a Semana Nacional da Família, a ser realizada sempre no mês de agosto, mês vocacional. Algum tempo depois, fixou-se que a semana seria iniciada no segundo domingo de agosto, Dia dos Pais, encerrando-se sempre no terceiro sábado do mês, festa da Assunção de Nossa Senhora. Dois momentos significativos tanto para a Igreja quanto para a sociedade.
E por que uma semana? – Tudo que é óbvio demais corre o risco de ser esquecido por ser “corriqueiro”. O ser humano e sua sociedade de redes relacionais é por demais ocupado e cada dia mais agitado para prestar atenção àquilo que se acredita estar sem problemas ou ser sem solução. Por isso é que nós, como Igreja, família de famílias, nos preocupamos em recordar à sociedade que é preciso ser fraterno, e realizamos a Campanha da Fraternidade; que precisamos ser evangelizadores e realizamos a Campanha da Evangelização; que a vida é direito pétreo de cada pessoa e realizamos a Semana da Vida. Pensar no que é óbvio ajuda a tornar o que é comum em algo melhor, apesar de não deixar de ser comum e natural. Ser família é, ou deveria ser, uma consequência natural do viver. Quem não recebe uma vocação ao serviço específico como a vida religiosa ou ao sacerdócio ou mesmo ao celibato leigo é chamado ao Matrimônio. E do Matrimônio nasce a família. Em tempos de questionamentos mil, o caminho natural da formação da família também é questionado e aqui temos, além de tantos outros, mais um motivo para uma semana nacional de reflexão sobre a célula fundamental e alicerce da sociedade.

E bater de porta em porta é mais uma forma de levar a semana para mais e mais longe. Em todo o Brasil podemos encontrar agentes da Pastoral Familiar que organizam os encontros para além dos limites da comunidade. Usam o telefone, o e-mail e agora até mesmo o WhatsApp para pedir uma casa, para uma noite de reflexão. Em geral, uma casa pequena abriga de 10 a 20 pessoas, que vêm rezar e pensar em cada tema proposto pelo subsídio Hora da Família, que desde 1997 é impresso pela CNBB e pela CNPF. E se encontrarmos em cada paróquia dez agentes dispostos a ir de rua em rua, podemos chegar a até 200 pessoas com uma chance de conversão. Essa é verdadeiramente a “Igreja ‘em saída’” que “é uma Igreja de portas abertas”, como o papa pediu na Evangelii Gaudium. Portas abertas para que os que estão dentro saiam para as periferias existenciais e geográficas, mas também para que os que se sintam acolhidos entrem, sentem, encontrem o Senhor através das celebrações e também das outras atividades.
Fonte: FC edição 968 - Agosto 2016
Postado por: Família Cristã
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