Saúde com mais fé
Data de publicação: 14/06/2013
Antônio Edson
Orar e ter fé pode fazer bem para a saúde, principalmente mental, das pessoas. É o que a ciência já está ajudando a provar.
No entanto, é sempre com certa admiração que a sociedade acolhe os resultados de trabalhos científicos que atestam, dentro dos absolutos rigores dos estudos acadêmicos, existir algo mais entre o céu e a terra do que podem provar concretamente as ciências médicas. Esse parece ser o caso da tese de doutorado. “A vivência do luto em viúvas idosas e sua interface com a religiosidade e espiritualidade: um estudo clínico-qualitativo”, defendida em julho de 2011 na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (SP) da USP (Universidade de São Paulo), pelo pesquisador Adriano Luiz da Costa Farinasso.
Em síntese, o trabalho de Adriano constatou o que, ao menos na prática, os seguidores das mais diferentes religiões já sabem: orar pode fazer bem para a saúde – ao menos mental – das pessoas. Explicando melhor: ele observou que, junto às viúvas idosas a religião e a espiritualidade atuam como eficazes ferramentas para superar a morte do companheiro.
A pesquisa constatou que ainda funcionam como combustíveis nesse processo a Igreja e o fato dessas mulheres já terem vivenciado muitas perdas durante a vida. As viúvas mais religiosas e ligadas à fé mostraram um maior poder de resiliência, ou seja, uma capacidade de se recobrar mais facilmente das dificuldades da vida, algo não exatamente muito fácil para a maioria das pessoas. Em sua tese, o pesquisador entrevistou seis mulheres inseridas em comunidades católicas e evangélicas de Arapongas (PR), com idade igual ou superiora 60 anos e que haviam perdido o marido entre um mês e um ano antes do período da pesquisa. “A pesquisa enfocou predominantemente a subjetividade das pessoas, e não as estatísticas” – explica Adriano.
A pesquisa constatou que ainda funcionam como combustíveis nesse processo a Igreja e o fato dessas mulheres já terem vivenciado muitas perdas durante a vida. As viúvas mais religiosas e ligadas à fé mostraram um maior poder de resiliência, ou seja, uma capacidade de se recobrar mais facilmente das dificuldades da vida, algo não exatamente muito fácil para a maioria das pessoas. Em sua tese, o pesquisador entrevistou seis mulheres inseridas em comunidades católicas e evangélicas de Arapongas (PR), com idade igual ou superiora 60 anos e que haviam perdido o marido entre um mês e um ano antes do período da pesquisa. “A pesquisa enfocou predominantemente a subjetividade das pessoas, e não as estatísticas” – explica Adriano.

As três viúvas não têm filhos e são fidelíssimas à Igreja Presbiteriana local. “Sou professora das crianças em nossa escola dominical, secretária da Sociedade Feminina Presbiteriana e, agora, também assumi a Tesouraria.
Sei que é muita responsabilidade, mas Deus me dá forças. Tantos afazeres não tiram a saudade que sinto de meu marido, mas certamente amenizam muito a sua falta” – afirma Sônia, viúva desde 2003, depois de permanecer casada por 32 anos.
Ajuda às irmãs, e muito, o fato de Natividade apresentar um ar puro de cidade montanhosa, desprovido de qualquer fonte poluidora, e ser uma cidade pequena onde tudo está perto. No caso específico das três viúvas, mais perto impossível.
No porão da casa delas funciona a vibrante 107,5 FM, a Rádio Sintonia que transmite “fé, esperança e paz” para toda a cidade. Com ajuda de Ely e Hélia, Sônia apresenta um programa diário de pedido de orações e, aos sábados, um outro programa infantil. “Sou muito agitada, elétrica, mas confesso que é bom às vezes não precisar me deslocar para trabalhar” – diz Sônia.
Ely também não se importa com essa proximidade do trabalho e das solicitações da vida em comunidade. Afinal, a contrapartida tem sido compensadora. “Você não calcula o quanto a Igreja nos ajudou a superar o choque da perda de nossos maridos. Tem o mesmo efeito de uma terapia e afasta qualquer tipo de depressão.
Na verdade, é como se não tivéssemos tempo de ficar doentes ou de pensarmos em coisas tristes” – avalia ela, viúva desde 1983. E se é possível medir a dor de uma perda em tamanho para saber qual é a maior e a menor, a perda sofrida por Ely parece ter sido a mais difícil de todas: casou-se somente aos 48 anos e seu marido, acometido de um infarto fulminante, faleceu 15 dias depois.
No porão da casa delas funciona a vibrante 107,5 FM, a Rádio Sintonia que transmite “fé, esperança e paz” para toda a cidade. Com ajuda de Ely e Hélia, Sônia apresenta um programa diário de pedido de orações e, aos sábados, um outro programa infantil. “Sou muito agitada, elétrica, mas confesso que é bom às vezes não precisar me deslocar para trabalhar” – diz Sônia.
Ely também não se importa com essa proximidade do trabalho e das solicitações da vida em comunidade. Afinal, a contrapartida tem sido compensadora. “Você não calcula o quanto a Igreja nos ajudou a superar o choque da perda de nossos maridos. Tem o mesmo efeito de uma terapia e afasta qualquer tipo de depressão.
Na verdade, é como se não tivéssemos tempo de ficar doentes ou de pensarmos em coisas tristes” – avalia ela, viúva desde 1983. E se é possível medir a dor de uma perda em tamanho para saber qual é a maior e a menor, a perda sofrida por Ely parece ter sido a mais difícil de todas: casou-se somente aos 48 anos e seu marido, acometido de um infarto fulminante, faleceu 15 dias depois.
Fonte: Família Cristã 914 - Fev/2012
Postado por: Família Cristã
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