Por uma Igreja mais atuante nas questões que desafiam o mundo
Data de publicação: 09/05/2006

São Paulo, 09 de maio de 2006
Esta obra trata da força ética e espiritual da Teologia da libertação no contexto atual da globalização e é, ao mesmo tempo, uma proposta positiva e de esperança para a Igreja, que a cada dia perde mais gente, especialmente os mais jovens e mais críticos. "Vivemos uma lenta, mas muito visível, involução na Igreja Católica... Sufocou-se o entusiasmo profético, espiritual e libertador que animou a Igreja entre os anos 1960 e 1980..."
Pablo Richard é um dos teólogos da libertação mais conhecidos e mundialmente respeitados. Esta sua obra é particularmente significativa e, de certo modo, decisiva no debate que hoje se trava a respeito da fidelidade ao Vaticano II e às suas perspectivas de renovação na Igreja, e da contribuição que deu e que possa dar a Teologia da Libertação. Logo na introdução, ele arrisca: "A Igreja já não é fundamentalmente o povo de Deus, mas uma instituição reduzida a três realidades que aparecem como únicas: o papa em Roma, o bispo em sua diocese e o pároco em sua paróquia. Os leigos desaparecem. As mulheres não existem."
Em outro trecho, diz: "A Igreja concentra-se em temas morais secundários e deixa de lado os problemas urgentes, como a exclusão, a fome, a guerra, a destruição ecológica, a justiça e a paz no sistema atual de globalização." Ainda assim, Pablo Richard acredita ser possível re-fundar o cristianismo, para que se possa responder aos desafios atuais e futuros da globalização.
Pode-se dizer que a originalidade de Força ética e espiritual da Teologia da Libertação consiste na afirmação maciça de que, em seus próprios termos, a Teologia da Libertação é, na atualidade, fundamentalmente uma ética libertadora, em que a defesa da vida é um absoluto, e a lei e as instituições são relativas. "A Teologia da Libertação foi e é, em essência, uma espiritualidade libertadora, que nasce do encontro com o Deus da vida no interior de um sistema profundamente idólatra."
A força da Teologia da Libertação não é econômica, política ou ideológica, mas espiritual. Ao mesmo tempo, é a defesa da vida nas suas expressões mais concretas: terra, saúde, educação, participação, paz e justiça, na esperança de que outro mundo é possível. Numa palavra, "A espiritualidade da libertação não se defronta com o ateísmo, mas, fundamentalmente, com a idolatria" do lucro, do poder globalizado e do mercado.
Colocada na perspectiva da ética e da espiritualidade, a Teologia da Libertação se torna capaz de dar uma contribuição substancial para a renovação da Igreja, a qual, depois do Concílio, se vê hoje tentada a se voltar para os próprios interesses e pretendidas exigências institucionais. Ora, a renovação da Igreja só será autenticamente cristã à medida que se empenhar com todas as suas forças em favor da vida.
É verdade que a TdL, por sua vez, não pode ceder à tentação de se limitar à vida nesse mundo, mas precisa ter evangelicamente os olhos voltados para a vida do Reino do Espírito, que é escatológico. O não ter talvez acentuado devidamente esse aspecto é o limite do livro de Pablo Richard, compensado, porém, com a clareza com que situa o debate da Teologia da Libertação no campo ético e da espiritualidade.
Dividida em três partes, a obra compreende, na primeira, uma visão histórica da Teologia da Libertação (de 1962 até hoje); na segunda, aborda a perspectiva de um outro mundo em que seja possível que se estabeleçam os desafios atuais da TdL; e, finalmente, na terceira parte, apontam-se os fundamentos para uma reconstrução do cristianismo com base, sucessivamente, no Jesus histórico e na expansão da Igreja tal como é narrada no Novo Testamento.
Título: Força ética e espiritual da teologia da libertação
Autor: Pablo Richard
Coleção: Questões em debate
Formato: 13,5 x 20,0
Págs.: 228
Preço: R$ 25,80
Código: 50880-2
ISBN: 85-356-1681-0
Sala de imprensa
Editora Paulinas
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11-508-9333 - 7203-8595
imprensa@paulinas.com.br
Esta obra trata da força ética e espiritual da Teologia da libertação no contexto atual da globalização e é, ao mesmo tempo, uma proposta positiva e de esperança para a Igreja, que a cada dia perde mais gente, especialmente os mais jovens e mais críticos. "Vivemos uma lenta, mas muito visível, involução na Igreja Católica... Sufocou-se o entusiasmo profético, espiritual e libertador que animou a Igreja entre os anos 1960 e 1980..."
Pablo Richard é um dos teólogos da libertação mais conhecidos e mundialmente respeitados. Esta sua obra é particularmente significativa e, de certo modo, decisiva no debate que hoje se trava a respeito da fidelidade ao Vaticano II e às suas perspectivas de renovação na Igreja, e da contribuição que deu e que possa dar a Teologia da Libertação. Logo na introdução, ele arrisca: "A Igreja já não é fundamentalmente o povo de Deus, mas uma instituição reduzida a três realidades que aparecem como únicas: o papa em Roma, o bispo em sua diocese e o pároco em sua paróquia. Os leigos desaparecem. As mulheres não existem."
Em outro trecho, diz: "A Igreja concentra-se em temas morais secundários e deixa de lado os problemas urgentes, como a exclusão, a fome, a guerra, a destruição ecológica, a justiça e a paz no sistema atual de globalização." Ainda assim, Pablo Richard acredita ser possível re-fundar o cristianismo, para que se possa responder aos desafios atuais e futuros da globalização.
Pode-se dizer que a originalidade de Força ética e espiritual da Teologia da Libertação consiste na afirmação maciça de que, em seus próprios termos, a Teologia da Libertação é, na atualidade, fundamentalmente uma ética libertadora, em que a defesa da vida é um absoluto, e a lei e as instituições são relativas. "A Teologia da Libertação foi e é, em essência, uma espiritualidade libertadora, que nasce do encontro com o Deus da vida no interior de um sistema profundamente idólatra."
A força da Teologia da Libertação não é econômica, política ou ideológica, mas espiritual. Ao mesmo tempo, é a defesa da vida nas suas expressões mais concretas: terra, saúde, educação, participação, paz e justiça, na esperança de que outro mundo é possível. Numa palavra, "A espiritualidade da libertação não se defronta com o ateísmo, mas, fundamentalmente, com a idolatria" do lucro, do poder globalizado e do mercado.
Colocada na perspectiva da ética e da espiritualidade, a Teologia da Libertação se torna capaz de dar uma contribuição substancial para a renovação da Igreja, a qual, depois do Concílio, se vê hoje tentada a se voltar para os próprios interesses e pretendidas exigências institucionais. Ora, a renovação da Igreja só será autenticamente cristã à medida que se empenhar com todas as suas forças em favor da vida.
É verdade que a TdL, por sua vez, não pode ceder à tentação de se limitar à vida nesse mundo, mas precisa ter evangelicamente os olhos voltados para a vida do Reino do Espírito, que é escatológico. O não ter talvez acentuado devidamente esse aspecto é o limite do livro de Pablo Richard, compensado, porém, com a clareza com que situa o debate da Teologia da Libertação no campo ético e da espiritualidade.
Dividida em três partes, a obra compreende, na primeira, uma visão histórica da Teologia da Libertação (de 1962 até hoje); na segunda, aborda a perspectiva de um outro mundo em que seja possível que se estabeleçam os desafios atuais da TdL; e, finalmente, na terceira parte, apontam-se os fundamentos para uma reconstrução do cristianismo com base, sucessivamente, no Jesus histórico e na expansão da Igreja tal como é narrada no Novo Testamento.
Título: Força ética e espiritual da teologia da libertação
Autor: Pablo Richard
Coleção: Questões em debate
Formato: 13,5 x 20,0
Págs.: 228
Preço: R$ 25,80
Código: 50880-2
ISBN: 85-356-1681-0
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