A urgência da redescoberta dos símbolos
Data de publicação: 29/09/2006

A saúde da religião depende da vitalidade com que os símbolos religiosos são vividos.
O símbolo é o terreno preferido do mundo do não sensível em todas as suas formas, desde a interioridade ou o inconsciente até as questões de sentido. Mas na atual sociedade de mercado e das sensações, o símbolo corre perigo. A proliferação de imagens que expõem tudo o que se quer o mata. Mais do que nunca precisamos recuperá-lo para que a vida não se banalize, o pensamento rompa a casca da superfície e que a religião seja autêntica mediadora do mistério.
Atento aos problemas que a sociedade e a cultura modernas suscitam na relação com o cristianismo, o sociólogo e teólogo José María Mardones analisa em A vida do símbolo, livro de Paulinas, a dimensão simbólica em um de seus âmbitos mais expressivos: o religioso. Toda religião é um universo simbólico. Nossa época ressente-se da indiferença e da incredulidade e temos de revitalizar a dimensão simbólica no cristianismo, se este quiser responder aos desafios da sensibilidade atual e, sobretudo, ser fiel a si mesmo.
A obra de Mardones é uma tentativa de resgatar o simbólico na cultura da modernidade, visando ao esclarecimento da dimensão transcendente da vida humana e à saúde da religião, que depende da vitalidade com que os símbolos religiosos são vividos. A fé é uma vida que se nutre do universo simbólico. Ao se colocar o problema de Deus, vem à tona aquilo que está sendo cada vez mais amplamente denunciado como uma deficiência da modernidade: o esquecimento do símbolo.
Se quisermos superar o estreitamento racional e vital que conduziu à barbárie do século XX e que está presente na exclusão social de um sistema único do funcionamento globalizado do mercado, teremos que, também, recuperar um tipo de vida e experiência em que a profundidade à qual se abre o simbolismo rompa a estreiteza prática da civilização. Recuperar o símbolo significa, finalmente, mudar o estilo de vida.
Na época do pensamento desiludido, o crente é chamado a não se desesperar da razão nem se apoiar em infantilismos religiosos. Em um momento em que se vislumbra a emergência de um novo paradigma da racionalidade, o presente ensaio incentiva e estimula o exercício de uma razão não unilateral, mas aberta ao simbólico e enraizada no mundo da evocação e da corporeidade, consciente de sua relação constitutiva e vital com a tradição, e sensível à alteridade da interpretação do Outro no rosto humano das vítimas da história.
Título: A vida do símbolo - A dimensão simbólica da religião
Autor: José Maria Mardones
Editora: Paulinas
Coleção: Espaço filosófico
Páginas: 264
Preço: R$ 33,90
Formato: 15,5 x 23,0
Código: 50913-2
ISBN: 85-356-1713-2
Sala de Imprensa
Paulinas Editora
Malu Delmira, Ir. Sofia, fsp e J. Fátima Gonçalves
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Fonte:
Paulinas
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