Dorina Nowill: graça, sabedoria e humor na Bienal
Data de publicação: 14/03/2006

São Paulo, 14 de março de 2006
Quem passou pelo estande de Paulinas teve a oportunidade de conhecer Dorina Nowill e um pouco de sua história cheia de vida e determinação, contada por Cláudia Cotes no livro "Dorina Viu", com transcrição e ilustrações para o braille. O ilustrador Dimaz Restivo, a personagem Dorina e a autora deram o ar da graça no dia 11, abrindo a a agenda da editora nesta feira. Na foto, também a escritora Elizete Lisboa. Todos na lita pela inclusão social e educacional do deficiente visual.
Esperta, sonhadora, adorava empinar pipa, chutar bola, subir em árvore para comer maçãs vermelhas e contemplar o céu azul de nuvens branquinhas, branquinhas. Assim era Dorina Nowill, despreocupada e feliz. Sempre se levantava bem cedo para não perder tempo sem brincar e via motivos para se alegrar e ser feliz nas pequeninas coisas. Um dia, porém, acordou e viu tudo escuro, percebeu que já não conseguia enxergar mais nada. No início ficou triste, mas descobriu que há outras formas de "ver", que a gente pode ver com outras partes do corpo também! Descobriu, por exemplo, que é possível ler e sentir o mundo com os dedinhos...
O tempo passou, Dorina cresceu e se tornou professora. Diante da dificuldade de encontrar livros para deficientes visuais, criou a Fundação Dorina Nowill Para Cegos. Produzindo livros em braille, divide com outras pessoas sua descoberta, seu amor à leitura e à vida. Aliás, Dorina foi a primeira aluna cega a matricular-se em São Paulo, numa escola comum, de estudantes com visão normal, em 1946. Trabalhou com organizações mundiais de cegos e órgãos da ONU, sempre representando oficialmente o Brasil.
A escritora Cláudia Cotes conheceu Dorina e resolveu contar essa história cheia de vida e determinação de um jeito especial, com transcrição do texto e ilustrações para o braille, para que todas as crianças - que enxergam ou não - pudessem ler e comprovar que as diferenças podem conviver harmoniosamente. Dorina viu é um livro terno, sensível, uma lição de amor e solidariedade.
Paulinas Editora gostou da idéia de Cláudia e resolveu incluir sua obra na coleção Fazendo a diferença, que tem por objetivo abordar a deficiência de forma positiva e lúdica, para uma educação inclusiva dos deficientes visuais na comunidade. Assim, dá um passo pioneiro na questão da inclusão justamente no ano em que a Campanha da Fraternidade é dedicada ao tema. O livro de Cláudia contará com impressão em português e braile na mesma edição, o que permitirá às crianças cegas lerem sozinhas e, às que enxergam, conhecer o sistema braile.
O artista plástico Dimaz Restivo inspirou-se em Dorina Nowill quando criança para trabalhar o projeto gráfico de Dorina Viu, aliás, um desafio e tanto, afinal as ilustrações precisariam ser inteligíveis para três vertentes da percepção visual: a visão normal, a visão subnormal ou baixa visão e também para o cego, que usa os outros sentidos para intrepretar o mundo... E foram desenvolvidas de maneira surpreendentemente inusitada. "As personagens, as cores e os cenários precisavam ser bem definidos sem perder a propriedade lúdica", explica. Quanto à técnica, utilizou uma parte aquarela, de maneira suave, e uma outra, acrílica, para reforçar cenários. "Para mim, este foi um trabalho pioneiro."
O ilustrador
Dimaz Restivo é artista plástico e ilustrador da ONG Vez da Voz. Cursou jornalismo na PUC de Campinas, estudou técnicas de ilustração, desenho acadêmico e pintura contemporânea no Centro Avançado de Artes. É ator-pesquisador, participou de exposições e teve trabalhos de cartoons e caricaturas selecionados em salões de humor no Brasil e na Itália. Desde criança, vive num mundo de símbolos, ilustrando com gestos as palavras dirigidas à mãe, à irmã e à tia, portadoras de deficiência auditiva.
Livro: Dorina viu
Autora: Cláudia Cotes
Ilustrador: Dimaz Restivo
Coleção: Fazendo a diferença
Código: 50904-3
Páginas: 24
Sala de Imprensa
Paulinas Editora
Malu Delmira
J. Fátima Gonçalves
11-5081-9333
imprensa@paulinas.com.br
Quem passou pelo estande de Paulinas teve a oportunidade de conhecer Dorina Nowill e um pouco de sua história cheia de vida e determinação, contada por Cláudia Cotes no livro "Dorina Viu", com transcrição e ilustrações para o braille. O ilustrador Dimaz Restivo, a personagem Dorina e a autora deram o ar da graça no dia 11, abrindo a a agenda da editora nesta feira. Na foto, também a escritora Elizete Lisboa. Todos na lita pela inclusão social e educacional do deficiente visual.
Esperta, sonhadora, adorava empinar pipa, chutar bola, subir em árvore para comer maçãs vermelhas e contemplar o céu azul de nuvens branquinhas, branquinhas. Assim era Dorina Nowill, despreocupada e feliz. Sempre se levantava bem cedo para não perder tempo sem brincar e via motivos para se alegrar e ser feliz nas pequeninas coisas. Um dia, porém, acordou e viu tudo escuro, percebeu que já não conseguia enxergar mais nada. No início ficou triste, mas descobriu que há outras formas de "ver", que a gente pode ver com outras partes do corpo também! Descobriu, por exemplo, que é possível ler e sentir o mundo com os dedinhos...
O tempo passou, Dorina cresceu e se tornou professora. Diante da dificuldade de encontrar livros para deficientes visuais, criou a Fundação Dorina Nowill Para Cegos. Produzindo livros em braille, divide com outras pessoas sua descoberta, seu amor à leitura e à vida. Aliás, Dorina foi a primeira aluna cega a matricular-se em São Paulo, numa escola comum, de estudantes com visão normal, em 1946. Trabalhou com organizações mundiais de cegos e órgãos da ONU, sempre representando oficialmente o Brasil.
A escritora Cláudia Cotes conheceu Dorina e resolveu contar essa história cheia de vida e determinação de um jeito especial, com transcrição do texto e ilustrações para o braille, para que todas as crianças - que enxergam ou não - pudessem ler e comprovar que as diferenças podem conviver harmoniosamente. Dorina viu é um livro terno, sensível, uma lição de amor e solidariedade.
Paulinas Editora gostou da idéia de Cláudia e resolveu incluir sua obra na coleção Fazendo a diferença, que tem por objetivo abordar a deficiência de forma positiva e lúdica, para uma educação inclusiva dos deficientes visuais na comunidade. Assim, dá um passo pioneiro na questão da inclusão justamente no ano em que a Campanha da Fraternidade é dedicada ao tema. O livro de Cláudia contará com impressão em português e braile na mesma edição, o que permitirá às crianças cegas lerem sozinhas e, às que enxergam, conhecer o sistema braile.
O artista plástico Dimaz Restivo inspirou-se em Dorina Nowill quando criança para trabalhar o projeto gráfico de Dorina Viu, aliás, um desafio e tanto, afinal as ilustrações precisariam ser inteligíveis para três vertentes da percepção visual: a visão normal, a visão subnormal ou baixa visão e também para o cego, que usa os outros sentidos para intrepretar o mundo... E foram desenvolvidas de maneira surpreendentemente inusitada. "As personagens, as cores e os cenários precisavam ser bem definidos sem perder a propriedade lúdica", explica. Quanto à técnica, utilizou uma parte aquarela, de maneira suave, e uma outra, acrílica, para reforçar cenários. "Para mim, este foi um trabalho pioneiro."
O ilustrador
Dimaz Restivo é artista plástico e ilustrador da ONG Vez da Voz. Cursou jornalismo na PUC de Campinas, estudou técnicas de ilustração, desenho acadêmico e pintura contemporânea no Centro Avançado de Artes. É ator-pesquisador, participou de exposições e teve trabalhos de cartoons e caricaturas selecionados em salões de humor no Brasil e na Itália. Desde criança, vive num mundo de símbolos, ilustrando com gestos as palavras dirigidas à mãe, à irmã e à tia, portadoras de deficiência auditiva.
Livro: Dorina viu
Autora: Cláudia Cotes
Ilustrador: Dimaz Restivo
Coleção: Fazendo a diferença
Código: 50904-3
Páginas: 24
Sala de Imprensa
Paulinas Editora
Malu Delmira
J. Fátima Gonçalves
11-5081-9333
imprensa@paulinas.com.br
Fonte:
Paulinas
Postado por:
Administrador