Quatro, cinco, Jazz Seis...
Data de publicação: 27/11/2007

Veríssimo insiste que a banda é formada por quatro músicos e um metido a músico.
Four. Pode até nem soar original o nome do novo CD da banda Jazz 6, mesmo porque são cinco os integrantes do grupo - ou seja, nem quatro nem seis - mas Luis Fernando Veríssimo, um dos escritores mais queridos do Brasil, amante das letras e das notas, explica: "Four é nosso quarto CD, e porque uma das suas músicas é o clássico "Four", do Miles Davis." E continua: "Four tem a vantagem de ser curto, e vai como uma homenagem ao Miles, autor do também ótimo "Tune up".
Depois do terceiro CD, A Bossa do Jazz (2003), "uma homenagem distraída a Tom Jobim", a banda ficou menor mas o nome continuou o mesmo, o que garante, nas palavras de Veríssimo, o ineditismo. "Somos o único sexteto com cinco figurantes do mundo. Quatro deles - olha o quatro outra vez - são músicos excepcionais. Há 12 anos compartilho com eles o gosto pelo jazz de várias épocas e a boa música brasileira, tão bem representados neste CD. Tem sido uma honra e um prazer", diz, acreditando mesmo que o que faz com o sax alto desde os 17 anos continua ainda uma brincadeira.
A idéia de fazer um conjunto de jazz veio do contrabaixista profissional Jorge Gerhardt, em 1995. Veríssimo e Gerhardt dividem o gosto comum pelo jazz e pela bossa nova com Luiz Fernando Rocha, no trompete e flugelhorn; Adão Pinheiro, no piano; e Gilberto Lima, na bateria. E surpreendem pelo improviso e pela desenvoltura ao mesclar o estilo jazzístico ao balanço brasileiro.
O grupo acredita que o jazz norte-americano e a música brasileira dos anos 60 têm estilos parecidos e a integração entre os dois gêneros resulta em "uma mistura de muito bom tom". Veríssimo aprendeu a gostar do jazz quando, aos 16 anos, foi morar com os pais em Washington. Uma vez na terra do jazz, queria mesmo era aprender a tocar trompete como o ídolo Louis Armstrong. Mas acabou caindo no sax alto porque na escola em que se matriculou só havia um sax para emprestar. Como nas letras, a música também "foi por acaso".
Fiel ao estilo original, Four traz preciosidades da música brasileira como "Vivo Sonhando", de Tom Jobim; "Samba de Verão", de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle; "A rã", de João Donato e Caetano Veloso; e "Se eu quiser falar com Deus", de Gilberto Gil. Interpreta, ainda, composições de alguns grandes nomes do Jazz internacional: "Tune up" (Miles Davis); "Four" (Miles Davis e Jon Hendricks); "Blues for Ig" (Gary Campbell); "Fantasy For drums" (Ramsey Lewis); "Just Friends" (John Kleener)"; "Don't get around much anymore" (Duke Ellington e Bert Berns); "Who's sorry now" (Tedy Snyder); e "Caravan" (Irving Mills, Duke Ellington e Juan Tizol).
Jazz 6 tem gravados outros três CDs: Agora é Hora (1998); Speak low (2001); e A Bossa do Jazz (2003). Este último e Four levam a assinatura da Gravadora Paulinas-COMEP.
Texto: Jornalista Joana Fátima Gonçalves - Apoio: Taís González
Paulinas COMEP
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Taís González e Léo Guimarães
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Fonte:
Paulinas
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