Coroinhas, sangue novo para a renovação da Igreja
Data de publicação: 19/08/2006

Esses jovens alegres, espontâneos são verdadeiro sangue novo para uma Igreja que se quer renovar.
Eles estão presentes como auxiliares nas celebrações antes mesmo do Édito de Milão, em 313, quando Constantino reconhece o Cristianismo como uma religião do Império e concede a liberdade religiosa aos cristãos. Têm como patrono São Tarcísio, mártir da fé. Crianças, padres e catequistas que lotaram o auditório de Paulinas na filial da Domingos de Morais em São Paulo no último dia 19 puderam conhecer estas e outras curiosidades sobre os Coroinhas.
Promovido pelo Padre Edson Adolfo Deretti, o curso Encontro de Coroinhas teve como proposta central conferir uma nova orientação ao trabalho realizado nos encontros de formação de coroinhas. Padre Deretti valeu-se de sua experiência de cinco anos com grupos dos coroinhas, em uma animada apresentação, leve, bem-humorada e recheada com casos práticos. "Hoje, assistimos a um fervilhar de crianças, pré-adolescentes e adolescentes assumindo a pastoral. São jovens alegres, espontâneos, que transmitem vida até para os que não querem mais viver, verdadeiro sangue novo para uma Igreja que se quer renovar".
Em linhas gerais, Padre Deretti procurou ultrapassar o horizonte da função dos coroinhas de auxiliar da celebração, e apontou o que esses meninos e meninas podem tirar de sua experiência para uma futura consagração a Deus e ao ministério. Isso não significa, porém, que todo coroinha tem que ser padre - uma afirmação que muitas vezes afastou meninos que gostariam de ser coroinhas, mas não sonhavam em ser padres. Começou com a conceituação do que é ser cristão hoje, trabalhou dinâmicas de voz, gestos, enfim, expressão corporal de um coroinha. Evidenciou as diferentes partes da missa e seus significados, os símbolos, o tempo litúrgico, etc.
Outro ponto destacado pelo palestrante foi a presença de meninas no serviço. Em muitos lugares, a radicalização está levando à proibição das meninas com o argumento de que estariam tirando o espaço dos meninos. "Não é verdade. Há espaço para os dois e, para que cada um o assuma, é necessário um trabalho sério, pedagógico e que supere as expectativas do gênero."
Por outro lado, cresce a presença feminina a tal ponto que já preocupa a ausência de meninos. "Se até 1965, só eles exerciam a função, a tendência é que se chegue ao outro extremo, uma realidade que precisa ser estudada tendo como luzes os estudos psicológicos da pré-adolescência, levando em conta o distanciamento natural do adolescente homem nesse período de muita ambivalência, vacilações, contradições e busca de independência. "Este é um desafio pastoral, preocupante, sim, embora poucos tenham se despertado para o mesmo."
Padre Deretti também sugeriu que paróquias se unam para criar Escolas de Formação de Coordenadores de Coroinhas, para que se forme litúrgica e pastoralmente os responsáveis e, conseqüentemente, as celebrações sejam mais bem realizadas, atrativas e convidativas.
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