As religiões como reflexo de uma sociedade em mutação
Data de publicação: 19/06/2006

Os novos movimentos religiosos não podem ser vistos nem como ameaças às religiões estabelecidas nem como modismos passageiros, mas fruto das mudanças em cursos nas sociedades em que eles surgem e desenvolvem. A grande novidade não está nesses movimentos, mas na própria sociedade.
Ao reconhecermos o outro, mesmo que seja tão distante e exótico, torna possível um conhecimento mais aprofundado de nossas crenças e de nossas posições, afinal a religião, a sociedade e nós mesmos estamos em constante mudança. Com esse norte, o autor de Novos movimentos religiosos, define o que são os novos movimentos religiosos e apresenta a imensa variedade entre eles. Discute o contexto sociocultural que tornou possível essa efervescência de religiosidades, para depois analisar suas características, tanto sociais como religiosas. Encara a realidade brasileira marcada por um contexto de profundas mudanças, que repercutem naturalmente na religião, de que, portanto, os novos movimentos religiosos (NMRs) são um sintoma bastante visível.
Guerriero defende que as novas religiões, no Brasil, não podem ser entendidas apenas quanto à novidade teológica, nem quanto ao tempo de existência, mas a partir de uma análise da novidade que representam em termos de vivências e práticas. Os novos movimentos religiosos não podem ser vistos nem como ameaças às religiões estabelecidas nem como modismos passageiros, mas fruto das mudanças em cursos nas sociedades em que eles surgem e desenvolvem. A grande novidade não está nesses movimentos, mas na própria sociedade.
O autor propõe uma classificação pormenorizada dos NMRs. Depois de mencionar as duas grandes tendências que se observam nos novos movimentos - o fundamentalismo e o relativismo - identifica, no Brasil, quatro grandes tipos de NMRs: os movimentos surgidos no interior das grandes religiões cristãs aqui constituídas, como a Renovação Carismática Católica e as igrejas neopentecostais; os religiosos externos às grandes religiões constituídas; e o grupo onde se inserem as novas religiões originadas no Oriente.
Finalmente, o quarto tipo, mais amplo, formado por grupos diversos, sem liderança fixa, de cunho ocultista ou esotérico, organizados ou não, que muitas vezes são identificados de maneira genérica como a Nova Era. Ao lado dos grupos mais organizados e ligados ao esoterismo, à religião ou mesmo direcionados aos estudos iniciáticos, há vários grupos isolados, sem vínculos institucionais, que se especializam nos estudos e práticas de conhecimentos ocultos e esotéricos, ou mesmo no culto e na prática de religiões antigas.
A tese de fundo da obra, de que os NMRs são sintoma das transformações sociais pelas quais passa a sociedade brasileira, deve ser considerada como contribuição importante para uma avaliação teológica e pastoral dessa ampla conjuntura. Nesse sentido, vale a pena registrar o recente documento da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina a respeito dos movimentos eclesiais e novas comunidades, segundo o qual os NMRs precisam ser reconhecidos não somente na ação, mas até mesmo no Direito que rege a vida eclesiástica do catolicismo.
Título: Novos movimentos religiosos no Brasil
Autor: Silas Guerriero
Coleção: Temas do Ensino Religioso - Seção: Tradições religiosas
Formato: 12,5 X 18,0
Código: 50954-0
ISBN: 85-356-1757-4
Sala de Imprensa
Paulinas Editora
Malu Delmira e J. Fátima Gonçalves
11-5081-9333
www.paulinas.org.br/sala_imprensa
imprensa@paulinas.com.br
Ao reconhecermos o outro, mesmo que seja tão distante e exótico, torna possível um conhecimento mais aprofundado de nossas crenças e de nossas posições, afinal a religião, a sociedade e nós mesmos estamos em constante mudança. Com esse norte, o autor de Novos movimentos religiosos, define o que são os novos movimentos religiosos e apresenta a imensa variedade entre eles. Discute o contexto sociocultural que tornou possível essa efervescência de religiosidades, para depois analisar suas características, tanto sociais como religiosas. Encara a realidade brasileira marcada por um contexto de profundas mudanças, que repercutem naturalmente na religião, de que, portanto, os novos movimentos religiosos (NMRs) são um sintoma bastante visível.
Guerriero defende que as novas religiões, no Brasil, não podem ser entendidas apenas quanto à novidade teológica, nem quanto ao tempo de existência, mas a partir de uma análise da novidade que representam em termos de vivências e práticas. Os novos movimentos religiosos não podem ser vistos nem como ameaças às religiões estabelecidas nem como modismos passageiros, mas fruto das mudanças em cursos nas sociedades em que eles surgem e desenvolvem. A grande novidade não está nesses movimentos, mas na própria sociedade.
O autor propõe uma classificação pormenorizada dos NMRs. Depois de mencionar as duas grandes tendências que se observam nos novos movimentos - o fundamentalismo e o relativismo - identifica, no Brasil, quatro grandes tipos de NMRs: os movimentos surgidos no interior das grandes religiões cristãs aqui constituídas, como a Renovação Carismática Católica e as igrejas neopentecostais; os religiosos externos às grandes religiões constituídas; e o grupo onde se inserem as novas religiões originadas no Oriente.
Finalmente, o quarto tipo, mais amplo, formado por grupos diversos, sem liderança fixa, de cunho ocultista ou esotérico, organizados ou não, que muitas vezes são identificados de maneira genérica como a Nova Era. Ao lado dos grupos mais organizados e ligados ao esoterismo, à religião ou mesmo direcionados aos estudos iniciáticos, há vários grupos isolados, sem vínculos institucionais, que se especializam nos estudos e práticas de conhecimentos ocultos e esotéricos, ou mesmo no culto e na prática de religiões antigas.
A tese de fundo da obra, de que os NMRs são sintoma das transformações sociais pelas quais passa a sociedade brasileira, deve ser considerada como contribuição importante para uma avaliação teológica e pastoral dessa ampla conjuntura. Nesse sentido, vale a pena registrar o recente documento da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina a respeito dos movimentos eclesiais e novas comunidades, segundo o qual os NMRs precisam ser reconhecidos não somente na ação, mas até mesmo no Direito que rege a vida eclesiástica do catolicismo.
Título: Novos movimentos religiosos no Brasil
Autor: Silas Guerriero
Coleção: Temas do Ensino Religioso - Seção: Tradições religiosas
Formato: 12,5 X 18,0
Código: 50954-0
ISBN: 85-356-1757-4
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