Por que Jesus morreu? O papel dos judeus no cumprimento de uma profecia
Data de publicação: 31/05/2006

Milhões de inocentes vítimas de guerras políticas são submetidas a torturas maiores que as de Jesus, como a Anistia Internacional e agências similares documentam todos os meses. Porque, então, Ele é lembrado como se fosse o único a ser morto como uma vítima inocente e de tal maneira? O aclamado estudioso e historiador bíblico Gerard Sloyan discute neste livro estas e outras questões e os muito mais importantes efeitos cósmicos atribuídos à morte de Jesus aos quais suas reais circunstâncias estão subordinadas.
Sócrates, mártires judeus, cristãos e mulçumanos, outros tantos conhecidos e desconhecidos, os mortos do holocausto nazista e de outros genocídios, cujo crime era a sua etnia, foram tão vítimas quanto Jesus de Nazaré, morto na cruz pelas mãos dos romanos por volta do ano 30 d.C. Porque, então, Ele emerge dentre as miríades de escravos, salteadores e revoltosos sem nome como "O crucificado"?
Os judeus sofreram indignidades indizíveis nas mãos dos cristãos, até mesmo sua própria liquidação, em conseqüência do modo como Jesus morreu. Tanto é assim que, para esse povo, a imagem de um crucifixo, longe de ser um sinal de redenção da raça humana que representa para os cristãos, é como uma repreensão por terem matado o Filho de Deus.
Não é ainda generalizada entre nós a abordagem dos relatos bíblicos na perspectiva do homem comum nos dias de hoje, procurando discernir a verdade dos fatos que nos chegaram por meio de versões elaboradas dentro de contextos culturais e religiosos completamente diferentes do nosso. A alguns parecerá, talvez, vulgar ou até meio ímpia essa forma de ler a Bíblia. Constitui, no entanto, um dos melhores caminhos para discernirmos a relatividade dos acontecimentos históricos, por mais graves que nos pareçam ser, como a morte de Jesus na cruz, em face do ensinamento central da fé de que, salvos por Jesus, somos chamados todos, inclusive os que durante muito tempo carregaram a pecha de terem sido responsáveis por essa morte, a viver com Deus na eternidade.
Em Por que Jesus morreu?, o historiador bíblico Gerard Sloyan examina a morte de Jesus em si mesma; na interpretação do seu significado por aqueles que primeiro a reconheceram como um mistério religioso e, mais tarde, na interpretação dos que escarneceram de tão absurdo conceito; no seu desenvolvimento teológico; e nas piedades, impiedades e perplexidades que sempre a cercaram. As circunstâncias da morte de Jesus estão abertas a exames, porque foram registradas em uma quantidade de documentos originados em uma comunidade simpática a ele. Nenhuma referência cruzada com outros escritos é possível até que começaram a ocorrer menções na literatura polêmica pagã e no Talmude.
A obra divide-se em três partes. Na primeira, examina as muitas possibilidades de interpretação da crucificação de Jesus, a ponto de não se poder concluir nada de certo além do fato acontecido, pois "provavelmente Jesus foi condenado em circunstâncias tão confusas quanto aquelas das quais as narrativas do Evangelho parecem ter lembranças contraditórias. Eles pretenderam escrever uma história teologicamente interpretada dos acontecimentos e acabaram por escrever algo que foi tomado como história literal, uma história impossível de ser reconstruída com precisão, embora muitos detalhes individuais possam ser verificados ou declarados prováveis".
Numa breve segunda parte se mostra que a significação redentora da morte de Jesus tem suas raízes na visão da realização do desígnio de Deus, que aos poucos se foi formulando no Primeiro Testamento. Finalmente, percorre-se a progressiva elaboração da tese a respeito da responsabilidade dos judeus, partindo dos primeiros apologetas até a curiosa posição de Gregório Magno que, no fim do século VI, envidou grandes esforços para a integração dos judeus na sociedade, embora teologicamente não se tenha afastado da tese então universalmente aceita da responsabilidade do povo judeu na morte de Jesus.
Fortemente assentada nos textos-fonte, em particular do Novo Testamento, e enriquecida de substancial bibliografia, a obra, que abre a coleção Questões em debate, de Paulinas, constitui uma contribuição importante não só para o conhecimento do tema estudado, mas também para a avaliação do método adotado em vista de uma efetiva atualização do pensamento cristão em termos de nossas atuais cultura e preocupações.
Título: Por que Jesus morreu?
Autor: Gerard S. Sloyan
Coleção: Questões em debate
Formato: 13,5 x 20,0
Código: 50879-9
ISBN: 85-356-1680-2
Preço: R$ 19,90
Paulinas Editora
Sala de imprensa
Malu Delmira e J. Fátima Gonçalves
imprensa@paulinas.org.br
11-5081-9333 - 7203-8595
Sócrates, mártires judeus, cristãos e mulçumanos, outros tantos conhecidos e desconhecidos, os mortos do holocausto nazista e de outros genocídios, cujo crime era a sua etnia, foram tão vítimas quanto Jesus de Nazaré, morto na cruz pelas mãos dos romanos por volta do ano 30 d.C. Porque, então, Ele emerge dentre as miríades de escravos, salteadores e revoltosos sem nome como "O crucificado"?
Os judeus sofreram indignidades indizíveis nas mãos dos cristãos, até mesmo sua própria liquidação, em conseqüência do modo como Jesus morreu. Tanto é assim que, para esse povo, a imagem de um crucifixo, longe de ser um sinal de redenção da raça humana que representa para os cristãos, é como uma repreensão por terem matado o Filho de Deus.
Não é ainda generalizada entre nós a abordagem dos relatos bíblicos na perspectiva do homem comum nos dias de hoje, procurando discernir a verdade dos fatos que nos chegaram por meio de versões elaboradas dentro de contextos culturais e religiosos completamente diferentes do nosso. A alguns parecerá, talvez, vulgar ou até meio ímpia essa forma de ler a Bíblia. Constitui, no entanto, um dos melhores caminhos para discernirmos a relatividade dos acontecimentos históricos, por mais graves que nos pareçam ser, como a morte de Jesus na cruz, em face do ensinamento central da fé de que, salvos por Jesus, somos chamados todos, inclusive os que durante muito tempo carregaram a pecha de terem sido responsáveis por essa morte, a viver com Deus na eternidade.
Em Por que Jesus morreu?, o historiador bíblico Gerard Sloyan examina a morte de Jesus em si mesma; na interpretação do seu significado por aqueles que primeiro a reconheceram como um mistério religioso e, mais tarde, na interpretação dos que escarneceram de tão absurdo conceito; no seu desenvolvimento teológico; e nas piedades, impiedades e perplexidades que sempre a cercaram. As circunstâncias da morte de Jesus estão abertas a exames, porque foram registradas em uma quantidade de documentos originados em uma comunidade simpática a ele. Nenhuma referência cruzada com outros escritos é possível até que começaram a ocorrer menções na literatura polêmica pagã e no Talmude.
A obra divide-se em três partes. Na primeira, examina as muitas possibilidades de interpretação da crucificação de Jesus, a ponto de não se poder concluir nada de certo além do fato acontecido, pois "provavelmente Jesus foi condenado em circunstâncias tão confusas quanto aquelas das quais as narrativas do Evangelho parecem ter lembranças contraditórias. Eles pretenderam escrever uma história teologicamente interpretada dos acontecimentos e acabaram por escrever algo que foi tomado como história literal, uma história impossível de ser reconstruída com precisão, embora muitos detalhes individuais possam ser verificados ou declarados prováveis".
Numa breve segunda parte se mostra que a significação redentora da morte de Jesus tem suas raízes na visão da realização do desígnio de Deus, que aos poucos se foi formulando no Primeiro Testamento. Finalmente, percorre-se a progressiva elaboração da tese a respeito da responsabilidade dos judeus, partindo dos primeiros apologetas até a curiosa posição de Gregório Magno que, no fim do século VI, envidou grandes esforços para a integração dos judeus na sociedade, embora teologicamente não se tenha afastado da tese então universalmente aceita da responsabilidade do povo judeu na morte de Jesus.
Fortemente assentada nos textos-fonte, em particular do Novo Testamento, e enriquecida de substancial bibliografia, a obra, que abre a coleção Questões em debate, de Paulinas, constitui uma contribuição importante não só para o conhecimento do tema estudado, mas também para a avaliação do método adotado em vista de uma efetiva atualização do pensamento cristão em termos de nossas atuais cultura e preocupações.
Título: Por que Jesus morreu?
Autor: Gerard S. Sloyan
Coleção: Questões em debate
Formato: 13,5 x 20,0
Código: 50879-9
ISBN: 85-356-1680-2
Preço: R$ 19,90
Paulinas Editora
Sala de imprensa
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