Chapeuzinho em formas e cores
Data de publicação: 12/03/2006

São Paulo, 12 de março de 2006
Contada bem rápida, sem rodeios, a história faz a criança, principalmente a que ainda não aprendeu a ler, a ter tempo de mergulhar na figura, na proposta visual, instigando a imaginação.
Quem já não prendeu a respiração quando o lobo engole a vovó e não sentiu uma pontinha de indignação quando O Chapeuzinho Vermelho se deixa enganar pelo lobo? Pois, aqui, esse clássico infantil dos Irmãos Grimm traz o mesmo lobo, a mesma vovozinha, o mesmo lenhador, os mesmos docinhos, a mesma ingênua Chapeuzinho, o mesmo enredo... Recebe, porém, formas, traços e cores de Bia Villela capazes de nos fazer novamente mergulhar na beleza e encanto dessa história como se fosse a primeira vez.
Contada bem rápida, sem rodeios, de forma a fazer o leitor, principalmente aquele que ainda não aprendeu a ler, ter tempo de mergulhar na figura, na proposta visual. No nosso tempo - quem não se lembra? - víamos rapidinho o desenho, mas tínhamos que esperar para virar a página e descobrir a próxima, porque o texto era longo, longo... "O texto muito comprido interrompe a viagem pelo desenho, especialmente de quem ainda não sabe ler", justifica a escritora.
A ilustração salta aos olhos, e propositalmente não é detalhada. As formas, chapadas, são bem geométricas e simples, tão simples que conferem certa sofisticação. Detalhe mesmo é a casa da vovó, com a textura do tricô (vovó que se preze tem que fazer tricô); é o lençol listrado, não na cama - tão óbvio - mas na parede, servindo como pano de fundo no quarto onde está o lobo... Obviedade que a designer faz de tudo para fugir com um desenho bem estilizado. Chapeuzinho é feita de círculo e triângulo, nenhum personagem têm braços ou bocas, que explicitem alegria ou tristeza, medo ou conforto. A idéia é cutucar a imaginação da criança, que geralmente tem uma visão diferente dessas sensações.
A tipologia dita o ritmo e o tom das sensações e vai envolvendo o leitor. Quando chapeuzinho entra na floresta, as letras são cheias de voltas, super femininas, e as flores, geométricas, de muita cor. Quando o Lobo responde porque tudo nele é tão grande, as respostas vão ficando grandes, irregulares; o grito de socorro de Chapeuzinho vem de forma espinhuda, esquisita, descontrolada. O medo, a tensão durante a perseguição da menina pelo lobo podem ser captados pela página negra, praticamente sem imagens, apenas riscos finos, vermelhos (da menina), e grossos e cinza (do lobo), indicando movimentos apressados, de fuga. Com recursos assim, a criança não precisa saber ler para vivenciar a história.
Título: O Chapeuzinho Vermelho
Autora e ilustradora: Bia Villela
Coleção: Livros divertidos
Formato: 16,5 x 16,5
Código: 50861-6
Sala de Imprensa
Paulinas Editora
Malu Delmira
J. Fátima Gonçalves
11-5081-9333
imprensa@paulinas.com.br
Contada bem rápida, sem rodeios, a história faz a criança, principalmente a que ainda não aprendeu a ler, a ter tempo de mergulhar na figura, na proposta visual, instigando a imaginação.
Quem já não prendeu a respiração quando o lobo engole a vovó e não sentiu uma pontinha de indignação quando O Chapeuzinho Vermelho se deixa enganar pelo lobo? Pois, aqui, esse clássico infantil dos Irmãos Grimm traz o mesmo lobo, a mesma vovozinha, o mesmo lenhador, os mesmos docinhos, a mesma ingênua Chapeuzinho, o mesmo enredo... Recebe, porém, formas, traços e cores de Bia Villela capazes de nos fazer novamente mergulhar na beleza e encanto dessa história como se fosse a primeira vez.
Contada bem rápida, sem rodeios, de forma a fazer o leitor, principalmente aquele que ainda não aprendeu a ler, ter tempo de mergulhar na figura, na proposta visual. No nosso tempo - quem não se lembra? - víamos rapidinho o desenho, mas tínhamos que esperar para virar a página e descobrir a próxima, porque o texto era longo, longo... "O texto muito comprido interrompe a viagem pelo desenho, especialmente de quem ainda não sabe ler", justifica a escritora.
A ilustração salta aos olhos, e propositalmente não é detalhada. As formas, chapadas, são bem geométricas e simples, tão simples que conferem certa sofisticação. Detalhe mesmo é a casa da vovó, com a textura do tricô (vovó que se preze tem que fazer tricô); é o lençol listrado, não na cama - tão óbvio - mas na parede, servindo como pano de fundo no quarto onde está o lobo... Obviedade que a designer faz de tudo para fugir com um desenho bem estilizado. Chapeuzinho é feita de círculo e triângulo, nenhum personagem têm braços ou bocas, que explicitem alegria ou tristeza, medo ou conforto. A idéia é cutucar a imaginação da criança, que geralmente tem uma visão diferente dessas sensações.
A tipologia dita o ritmo e o tom das sensações e vai envolvendo o leitor. Quando chapeuzinho entra na floresta, as letras são cheias de voltas, super femininas, e as flores, geométricas, de muita cor. Quando o Lobo responde porque tudo nele é tão grande, as respostas vão ficando grandes, irregulares; o grito de socorro de Chapeuzinho vem de forma espinhuda, esquisita, descontrolada. O medo, a tensão durante a perseguição da menina pelo lobo podem ser captados pela página negra, praticamente sem imagens, apenas riscos finos, vermelhos (da menina), e grossos e cinza (do lobo), indicando movimentos apressados, de fuga. Com recursos assim, a criança não precisa saber ler para vivenciar a história.
Título: O Chapeuzinho Vermelho
Autora e ilustradora: Bia Villela
Coleção: Livros divertidos
Formato: 16,5 x 16,5
Código: 50861-6
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